Geografia, perguntado por mariaeduardajac, 10 meses atrás

por que a Venezuela entrou em crise mesmo tendo todos os seus recursos naturais tão preciosos?​

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Respondido por karenitcordeiro
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Resposta:

Explicação:

No início de maio de 2017, Nicolás Maduro convocou eleições para uma Assembleia Constituinte, responsável por redigir uma nova constituição venezuelana. A eleição foi marcada para o dia 30 de julho, conforme informado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. O anúncio foi feito pouco depois do início de uma nova onda de protestos e após o país ter anunciado a sua saída da OEA. Segundo Maduro, a nova constituição seria necessária para conferir maiores poderes à população e, assim, recuperar a estabilidade na Venezuela.

A oposição, no entanto, entendeu que a convocação da Constituinte era uma tentativa de ampliação dos poderes do executivo sobre a Assembleia Nacional e a Procuradoria Geral da República, não governistas. Seria uma continuação do que chamavam de “autogolpe”, quando os poderes da Assembleia Nacional foram transferidos para o Tribunal de Justiça, controlado pelos chavistas. De acordo com eles, a nova Constituição seria uma tentativa do governo para frear as eleições e se perpetuar no poder.  

No dia 16 de julho, a oposição realizou um plebiscito extraoficial para consultar o posicionamento da população em relação à Constituinte. De acordo com a oposição, 7,1 milhões de venezuelanos compareceram às urnas para o plebiscito. O governo convocou, para o mesmo dia, uma simulação da Constituinte e a taxa de comparecimento declarada pelo governo foi de cerca de 11 milhões de pessoas.  

Maduro não recuou e no dia 30 de julho aconteceu a votação que elegeu os 545 deputados constituintes. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, a taxa de comparecimento foi de 41,53% e 8.089.320 pessoas votaram. Os números são contestados pela oposição, que afirma que apenas 12,4% dos eleitores venezuelanos compareceram às urnas. Diversas outras polêmicas e entraves permearam as eleições, marcada por manifestações (já anunciadamente proibidas, a fim de “não atrapalhar” o processo eleitoral) e mudanças repentinas nos horários de fechamento das urnas. Parte da comunidade internacional não reconheceu a votação. Vale dizer que a oposição fez resistência e não lançou nenhum candidato ao pleito, e alguns dos eleitos são reconhecidos apoiadores de Maduro, como o agora presidente da Constituinte Diosdado Cabello.

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