História, perguntado por mariabgsilva91, 5 meses atrás

por que a teoria dos direiros naturais defenida pelo iluminista e filosofo ingles john locke,foi tao bem aceita pelo classe da burguesia?
alguem mim ajuda pfv!​

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Respondido por allanajuliareck
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Resposta:

John Locke (1632-1704) foi um filósofo inglês, o principal representante do empirismo, teoria que afirmava que o conhecimento era determinado pela experiência, tanto de origem externa, nas sensações, quanto interna, a partir das reflexões. Sua teoria política deixou grande contribuição ao desenvolvimento do liberalismo, principalmente a noção de Estado de direito. Nasceu na aldeia de Somerset, em Wrington, Inglaterra, no dia 29 de agosto de 1632. Filho de um funcionário do tribunal e capitão do exército parlamentar, ele foi educado na Westminster School. Em 1652, entrou para a Christ Church College, em Oxford. Recebeu o bacharel em Artes, em 1656. Estudou Medicina, e Ciências Naturais. Em 1668, foi admitido na academia científica da Sociedade Real de Londres. Complementou sua educação com o estudo das obras de Descartes, Thomas Hobbes e Francis Bacon e desenvolveu o interesse pela Filosofia.

Artesão do pensamento político liberal, Locke nasceu na aldeia inglesa antes mencionada, filho de um pequeno proprietário de terras. Estudou na escola de Westminster e em Oxford, que seria seu lar por mais de 30 anos. Os estudos tradicionais da universidade não o satisfaziam, mas aplicou-se. Foi admitido na Sociedade Real de Londres, a academia científica, em 1668, para estudar medicina, onde se graduou seis anos depois, mas sem o título de doutor. A maior parte de sua obra se caracteriza pela oposição ao autoritarismo, em todos os níveis: individual, político e religioso. Acreditava em usar a razão para obter a verdade e determinar a legitimidade das instituições sociais. Quando Locke escreveu os Dois Tratados sobre o Governo, a sua principal obra de filosofia política, tinha como objetivo contestar a doutrina do direito divino dos reis e do absolutismo real.

Também pretendia criar uma teoria que conciliasse a liberdade dos cidadãos com a manutenção da ordem política. Para o pensador inglês, o que dá direito à propriedade é o trabalho que se dedica a ela. E desde que isso não prejudique alguém, fica assegurado o direito ao fruto do trabalho. Foram essas as bases da ideia de uma sociedade sem a interferência governamental, um dos princípios básicos do capitalismo liberal.

Para o filósofo, todo conhecimento humano pode ser obtido por meio da percepção sensorial ao longo da vida. A mente do ser humano ao nascer seria como uma folha em branco, e tudo que se sabe é aprendido depois. Baseava sua crença no poder da educação como transformadora do mundo. Afirmava que o mal não era parte de um plano de Deus, e sim produzido por um sistema social criado pelos indivíduos. Por isso, poderia ser modificado também por eles.

Sua obra, Ensaios, escrita ao longo de 20 anos, é sua grande contribuição à filosofia. Seu interesse se centrava nos tópicos tradicionais da filosofia: a natureza do ser, o mundo, Deus e os níveis de conhecimento. Locke foi também o precursor do pensamento iluminista nas questões políticas.

De pesquisador a secretário de um nobre no governo inglês, tornou-se um escritor de economia, ativista político e um revolucionário cujas ideias ocasionaram a vitória da Revolução Gloriosa, em 1688, contra o absolutismo. Foi também deputado no Parlamento e defendeu que somente quem dispusesse de apoio da maioria dos parlamentares deveria ter o direito de ser ministro (como até hoje funciona o sistema britânico).

Em sua obra, afirmou que a organização das leis e do Estado deve ser feita com o objetivo de garantir o respeito aos direitos naturais. A garantia dos direitos naturais do povo – a proteção da vida, da liberdade e da propriedade de todos – é definida por ele como a única razão de ser de um governo. Se o governante não respeita esses direitos, os governados podem derrubá-lo e substituí-lo por outro mais competente.

Locke exerceu enorme influência sobre todos os pensadores de seu tempo e foi uma das principais referências teóricas para os líderes das revoluções que, a partir do final do século 18, transformaram a sociedade ocidental.  Faleceu em High Laver, Inglaterra, no dia 28 de outubro de 1704. Seu corpo foi sepultado no cemitério da Igreja de Laver, onde residia desde 1691.

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