Por que a reforma agrária é tão importante em um país como o Brasil? Já que
este é o quinto em extensão territorial do mundo?
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Resposta:
a reforma agrária perene.
Os dados do censo também apontam um contingente de 809.811 produtores rurais sem terra e 1,049 milhão de produtores com minifúndios inferiores a dois hectares. Muito além do público ligado aos movimentos sociais, estimado em pouco mais de cem mil famílias acampadas, essa é a demanda existente. Por outro lado, menos de 1% dos estabelecimentos concentram 45% de toda a área rural.
Uma das afirmações recorrentes de quem critica a reforma agrária brasileira é a de que teríamos realizado o maior programa de distribuição de terras do mundo: 88 milhões de hectares distribuídos em assentamentos. Ignoram propositalmente que a maior parte está situado na Amazônia Legal, em áreas que, apesar de formalmente incorporadas pelo Incra como reformadas, não passam de reconhecimento e titulação de populações tradicionais que viviam na região ou assentamento de famílias em terras públicas. Políticas fundamentais de inclusão de um segmento marginalizado, mas que não podem ser chamadas de reforma agrária.
Outro argumento recorrente dos críticos é que a reforma não teria resolvido o problema da miséria no campo, função desempenhada pelo agronegócio. Primeiro ponto: as famílias beneficiárias do Programa Nacional de Reforma Agrária estão hoje em melhor situação do que estariam se não fossem assentadas.
Os próprios dados da auditoria do Tribunal de Contas da União que tiveram ampla repercussão ao colocar sob suspeita quase 500 mil beneficiários do Incra, se analisados com cuidado, indicam um sucesso da política pública executada pela autarquia ao longo dos seus pouco mais de 46 anos.
Na realidade, menos de 10% dos beneficiários estavam em situação de possível irregularidade. Os demais passaram a se enquadrar em critérios que os tornariam inelegíveis atualmente para o programa, justamente devido ao sucesso deste: são cidadãos que regularmente assentadas vieram a tornar-se servidores públicos, passaram exercer função pública (como mandatos eletivos ou cargos em administrações públicas municipais, estaduais ou mesmo federal), viraram proprietários, cotistas ou acionistas de empresa ou de cooperativas, ou, ainda, passaram a apresentar sinais exteriores de riqueza.
Explicação:
espero ter ajudado