História, perguntado por erikzin101010, 9 meses atrás

por que a Igreja Católica não impediu a escravidão africana?

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Respondido por angellamendes79
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Resposta:

Vivemos em uma época conturbada. Qualquer coisa afirmada levianamente ganha auréola de verdade. Por exemplo, recentemente, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) disse que sessenta por cento dos congressistas brasileiros utilizavam serviços de prostitutas e que, por isso, eles gostariam de gozar essa atividade em “locais mais seguros”. Conclusão: para o deputado, deveríamos regulamentar a vida das meninas.2 Rapidamente a notícia ganhou as manchetes dos jornais. Contudo, dias depois, Wyllys voltou atrás – em uma matéria infinitamente menor, claro: disse que baseou sua afirmação em sua “percepção da sociedade brasileira”, e que, de fato, desconhecia casos de pagamento de prostitutas por colegas.3

Bem, cito o deputado do PSOL porque o próprio se valeu de um trecho de uma mensagem do papa Bento XVI no XLVI Dia Mundial da Paz para mais uma de suas afirmações bombásticas. O papa defendera a “estrutura natural do matrimônio” – a união entre um homem e uma mulher – quando negou que quaisquer outras formas radicalmente diversas de união fossem igualmente consideradas, pois elas “prejudicam, desestabilizam e obscurecem a função insubstituível do casamento”. Fazer essa equiparação constituía uma “ofensa contra a verdade da pessoa humana e uma ferida grave infligida à justiça e à paz”. Parafraseando o papa, o deputado afirmou que “ferida grave infligida à justiça e à paz foi a escravidão de negros africanos apoiada pela Igreja Católica”.4

Nesse caso, Jean Wyllys não está só. Essa é uma das acusações costumeiras feitas à Igreja. Teria ela, segundo seus detratores, apoiado o sistema escravocrata, especialmente o ocorrido na África no período moderno (séculos XVI-XIX). Isso é verdade? Não. A verdade é exatamente o contrário disso. Vamos (mesmo que brevemente) aos fatos?

Na Bíblia há várias passagens relativas a escravos (especialmente o Antigo Testamento). Quase sempre são prescrições atenuantes. Por exemplo: não se deve entregar um escravo fugitivo5, nem utilizá-lo em tarefas degradantes ou serviços desnecessários6; ao escravo é reservado o dia de descanso (sábado).7 Em Eclesiástico:

Emprega-o [o escravo] em trabalhos, como lhe convém,

e, se não obedecer, prende-o ao grilhão.

Mas não sejas muito exigente com as pessoas

e não faças nada de injusto.

Tens um só escravo? Que ele seja como tu mesmo,

pois o adquiriste com sangue.

Tens um só escravo? Trata-o como a um irmão,

pois necessitas dele como de ti mesmo (Eclo 33, 29-32).

Respondido por nicolepinheiro12
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Resposta:Por conta do preconceito racial da época. Eles viam pessoas pretas como impuras, e além disso tinha toda uma questão de interesses políticos.

Explicação: confiano pai

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