Por que a idade moderna foi um período sem um sistema de trabalho e de vida único?
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A Idade Moderna foi um período específico da História do Ocidente que se inicia no final da Idade Média em 1453 d.C. Embora os limites cronológicos sejam objeto de debate, a linha temporal deste período estende-se do final do século XV até à Idade das Revoluções no século XVIII; muitos historiadores assinalam o início desta idade na data de 29 de maio de 1453, quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, incluindo assim o Renascimento e a Era dos Descobrimentos (incluindo as viagens de Colombo que começaram em 1492 e a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama em 1498), e data de término com a Revolução Francesa no dia 14 de Julho de 1789.
Historiadores à escala mundial nas décadas mais recentes têm argumentado que de uma perspectiva mundial, a característica mais importante que deu início à idade moderna foi a globalização.[1] Este período da história moderna está caracterizado pela exploração e colonização do Continente Americano e o estabelecimento de contatos sólidos entre civilizações espalhadas pelo mundo. As potências mundiais envolveram-se umas com as outras através do comércio, à medida que bens, plantas, animais e alimentos viajavam do Velho Mundo para o Novo Mundo e vice-versa.
Novas economias e instituições emergiram, tornando-se mais sofisticadas e globalmente articuladas à medida que o tempo foi passando. Este processo começou nas cidades-estado medievais do norte da Itália, particularmente Génova, Veneza e Milão. Este período da história humana também inclui o estabelecimento de uma teoria econômica dominante, o mercantilismo. A colonização europeia dos continentes americano, asiático e africano ocorreu desde o século XV até ao século XX, disseminando a religião cristã por todo o mundo.
As tendências em diversas regiões do mundo durante a idade moderna apresentam uma mudança daquilo que havia sido ao longo de séculos a organização, a política ou a economia. O feudalismo foi posto de lado na Europa, ao mesmo tempo que este período viu também a Reforma Protestante, a desastrosa Guerra dos Trinta Anos, a Revolução Comercial, a colonização europeia do continente americano, a Era Dourada da Pirataria e o início da Idade das Revoluções, que para além de ter ocorrido a Revolução Industrial, trouxe também a ocorrência de grandes revoluções políticas e sociais como a francesa e a norte-americana.
Na Ásia, no século XVI, a economia chinesa sob a Dinastia Ming foi estimulada graças às trocas comerciais com os portugueses, os espanhóis e os holandeses, enquanto no Japão começou o período conhecido como Nanban, depois da chegada dos primeiros portugueses ao arquipélago. Outras tendências notáveis deste período incluem o desenvolvimento da ciência experimental, as viagens cada vez mais céleres graças aos avanços na cartografia e na produção de mapas, o progresso tecnológico cada vez mais rápido, a secularização das políticas civis e o aparecimento dos estados-nação. O final deste período da história humana termina com o aparecimento da Idade Contemporânea, consensualmente definida como tendo começado com a Revolução Francesa.