História, perguntado por leticiamaiwormdurans, 11 meses atrás

por que a Europa às vésperas da Primeira Guerra Mundial era considerada um "Barril de Pólvora"?

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Respondido por moiseslima2478
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Resposta:

Na verdade a Europa inteira era considerada um barril de pólvora: o revanchismo francês sobre a Alemanha (territórios de Alsácia e Lorena, perdidos na Guerra Franco-Prussiana), a rivalidade anglo-alemã (mercado consumidor de produtos indústrializados), os movimentos nacionalistas-separatistas nos Balcãs, entre outras

Respondido por Ailtontec
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Resposta: Em 1914, a tensão política na Bósnia - que levou ao assassinato de Franz Ferdinand - era um retrato fiel das relações entre as potências europeias. Temendo agressões de seus vizinhos, os principais países viviam uma intensa corrida armamentista e tecnológica, buscando novas formas de defesa. Nesse contexto surgiram - para citar algumas inovações - as granadas, os morteiros, as metralhadoras e os tanques. Nos mares, robustos navios e submarinos de ataque passaram a singrar as águas, enquanto, nos céus, os aviões, usados inicialmente para observação do inimigo, transformaram-se em poderosas armas ofensivas.

O temor de possíveis agressões também fez com que as nações buscassem aliados com os quais pretendiam contar em caso de conflitos armados. De um lado, mantinham acordos militares a França, a Inglaterra e a Rússia. De outro, associavam-se os impérios Alemão, Austro-Húngaro e Turco-Otomano. Ao mesmo tempo, países satélites gravitavam nas áreas de influência dos dois blocos - caso da Sérvia, que mantinha estreitos laços de amizade com a Rússia.

Além da política de alianças, interesses econômicos e ressentimentos históricos compunham o ambiente de beligerância. Países como Alemanha e Itália, que diferentemente de França e Inglaterra não mantinham colônias na África, na Ásia e na América, sonhavam com novas fontes de matérias-primas e viam no militarismo a possibilidade de expansão territorial.

Mais razões para a tensão europeia estavam no pangermanismo e no pan-eslavismo. Assim como os alemães, extremamente nacionalistas, os eslavos sonhavam com territórios capazes de reunir seus povos. Gavrilo Princip e seus companheiros, com o projeto de um Estado eslavo autônomo, integravam um dos tantos movimentos deste gênero existentes no seio do Império Áustro-Húngaro, colcha de retalhos que incluía tchecos, eslovacos, poloneses, romenos, sérvios, croatas e rutenos, entre outras origens étnicas.

Para completar, uma antiga disputa colocava França e Alemanha em lados opostos. Os franceses queriam recuperar a região da Alsácia-Lorena, perdida para os alemães na Guerra Franco Prussiana (1870 - 1871).

Diante desse quadro, quando o Império Austro-Húngaro deu um ultimato à Sérvia, acusando funcionários do governo sérvio de participação no atentado, a Rússia rapidamente preparou seu exército para auxiliar o país amigo. A mobilização russa resultou em medida semelhante por parte do Império Alemão, o que levou à concentração das forças armadas da França, aliadas da Rússia. O cenário para a eclosão da guerra estava irreversivelmente armado. Faltava apenas alguém acender o pavio, o que aconteceu em 28 de julho, quando a Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia. Em poucos dias, quase toda a Europa se preparava para a luta.

De um lado da trincheira, estaria a Tríplice Entente (França, Inglaterra e Rússia), com a posterior adesão de outros 18 países, entre eles os Estados Unidos e o Brasil. Do outro, erguia-se a Tríplice Aliança - também chamada de "Impérios Centrais" -, incluindo a Alemanha, a Áustria-Húngria e o Império Turco-Otomano, fortalecidos posteriormente com a adesão da Bulgária. Chamada inicialmente de "Grande Guerra", a I Guerra Mundial também ficou conhecida como "A Guerra para Acabar com Todas as Guerras" e a "Guerra das Guerras". Entre 28 de julho de 1914 e 11 de novembro de 1918, morreram mais de 8 milhões de combatentes, ficando feridos outros 20 milhões.

Explicação:

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