Por que a doença da descompressão não afeta os cachalotes?
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As cachalotes não enfrentam o problema de descompressão quando vão à superfície porque sua estrutura as prepara para lidar com o nitrogênio (gás responsável pela descompressão).
Como funciona a descompressão
Nos humanos por exemplo, parte do ar que vem da atmosfera entra normalmente nos pulmões, mas embaixo d'água, sob pressão, o nitrogênio acaba entrando em contato com o sangue. Se o mergulhador volta para a superfície de forma abrupta, o nitrogênio que entrou em contato com o sangue se expande e ocorre a descompressão.
A descompressão em humanos paralisa o sistema nervoso e as articulações, por isso, ao retornar para a superfície, um humano precisa controlar a pressão para que o nitrogênio não se expanda, ou seja, voltar aos poucos, numa velocidade controlada.
Já as baleias (dentre elas as cachalotes), conseguem evitar que o nitrogênio atinja sua corrente sanguínea. Os ossos do tórax de uma baleia são mais flexíveis e quando estão sob pressão da água, comprimem o pulmão.
Por conta disso, até que o nitrogênio consiga adentrar a corrente sanguínea de uma baleia, o ar vai para a traqueia. A traqueia por sua vez, represa o ar e evita a difusão do nitrogênio por possuir paredes cartilaginosas e sem irrigação de sangue.
Por isso não dá tempo do nitrogênio entrar na corrente sanguínea da baleia e expandir quando ela vai a superfície. Assim, elas não sofrem com a descompressão.
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