Por que a Conferência das Partes (COP 18) prolongou o período do
Protocolo de Kyoto mundialmente?
Soluções para a tarefa
Resposta:
A 18ª Conferência das Partes (COP 18) da Organização das Nações Unidas terminou neste sábado (08/12), em Doha, no Qatar, com o a renovação do compromisso do Protocolo de Kyoto. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou, em seu discurso de encerramento, que esse foi um resultado histórico. "O Protocolo de Kyoto é mais do que um documento, ele expressa a convicção de que a mudança climática exige uma ação multilateral, a abordagem baseada em regras. O Protocolo de Kyoto é o padrão de integridade ambiental", afirmou a ministra. O Brasil exerceu importante papel para esse resultado e foi elogiado por vários países por seu desempenho nas negociações.
A ministra destacou, também, que o Brasil está trabalhando duro e com sucesso na luta contra as mudanças climáticas. "Estamos orgulhosos dos nossos esforços na redução do desmatamento na Amazônia, que falam por si. Estamos cumprindo tudo o que nos comprometemos, de acordo com esta Convenção", enfatizou. Izabella Teixeira também reafirmou o compromisso do país em continuar sua participação ativa na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, "plenamente consciente de que o multilateralismo é a melhor ferramenta para enfrentar o aquecimento global."
No entanto, Izabella Teixeira afirmou que o Brasil não está totalmente satisfeito com o resultado obtido. “Queríamos mais. Acreditamos que é necessário mais. Mas também acreditamos que uma Conferência que garantiu o segundo período do Protocolo de Kyoto é, por definição, um sucesso", disse. A ministra lamentou que Partes do Anexo I estejam gradualmente se afastando das obrigações estabelecidas na Convenção:"esses países não estão tomando a liderança e não estão apoiando os países em desenvolvimento suficientemente em seus esforços para combater as alterações climáticas". Postura que a ministra classificou como" inaceitável ".
Desmatamento
Os esforços brasileiros para reduzir o desmatamento na Amazônia foram aplaudidos hoje na Conferência das Partes (COP 18) da Organização das Nações Unidas, em Doha, no Qatar, durante evento que contou com a presença dos governos da Noruega, República do Congo e Indonésia. O ministro de Meio Ambiente da Noruega, Bard Vegar Solhjell, aproveitou a ocasião para anunciar a liberação de US$ 178 milhões do Fundo Amazônia para o Brasil.
Segundo Solhjeel, o Brasil tem alcançado resultados exitosos no combate ao desmatamento da Amazônia com políticas de desenvolvimento sociais admiráveis e transparentes que motivam a Noruega a destinar os recursos para a proteção das florestas.
Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a redução para 4.656 Km2 de desmatamento na floresta amazônica mostra que é possível desenvolver sem devastar. Mas que o Brasil precisa se manter vigilante para que o desmatamento não volte a registrar números altos como ocorreu em 2004 (27.772 Km2) e 1995 (29.059Km2).
Alimentos
Um dos caminhos apontados pela ministra é aumentar a produtividade na produção de alimentos. E esse debate, segundo ela, deve respeitar quem produz no campo e quem mora nas florestas. “É muito fácil discutir a preservação morando em cidades”, salientou. “Mas não podemos ignorar as necessidades básicas de quem mora na floresta como acesso à energia e saneamento”.
Ao ressaltar que Brasil e África têm fauna e flora semelhantes, o ministro de Meio Ambiente e Turismo da República do Congo, Bavon N’SA Mputu Elima, afirmou que o Brasil é um exemplo a ser seguido e, por isso, os dois países fecharam uma parceria para trocar conhecimento tecnológico para o monitoramento da Bacia do Congo. Os diálogos iniciados no último mês de julho foram consolidados hoje, em Doha. O monitoramento no país africano deverá contar com doações do Fundo Amazônia. A Indonésia, por sua vez, sinalizou que buscará parceria semelhante com o Brasil. Com informações do MMA.