Por que a cidade de mazagão foi transplantada da África para Amazônia?
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Resposta:
Mazagão Velho, no Amapá, é um lugar que guarda uma parte da história da colonização brasileira pouco conhecida: uma cidade que, segundo historiadores, foi “transplantada” do continente africano para a Amazônia.
Há dez anos, em 2003, a história de Mazagão Velho começava a ser desenterrada com o trabalho de escavação da equipe do Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com patrocínio do governo do Amapá. As pesquisas resultaram na descoberta das ruínas de uma igreja que data da fundação da vila e 52 ossadas dos primeiros moradores da região, enterradas nos alicerces.
Por volta de volta de 1769, cerca de 160 famílias – aproximadamente 1022 pessoas, entre brancos e escravos – vieram do Marrocos, numa longa jornada de barco até chegarem às margens do rio Mutuacá, na região sul do Amapáx, depois de uma breve passagem por Belém do Pará.
A imigração forçada se deu pela guerra entre mouros e cristãos, durante a implantação do cristianismo português no continente africano. A vila de Nova Mazagão – hoje vila de Mazagão Velho – foi fundada em 23 de janeiro de 1770, pelo rei de Portugal, Dom José I.
Durante as escavações, os pesquisadores descobriram que a igreja media 40 metros de comprimento e 12,8 metros de largura, chegando a 17,9 metros onde ficava o altar-mor. A igreja foi abandonada porque acabou tombando.
“É uma igreja muito grande, sobretudo para a época. Essa diferença de tamanho onde ficava o altar se dá por que, naquele tempo, a Igreja Católica trabalhava com certo misticismo. A entrada do padre, por exemplo, era algo triunfal”, explicou o professor da pós-graduação em História da UFPE, Marcos Albuquerque, coordenador do Laboratório, na ocasião da descoberta.
Explicação:
Resposta:
Cansado das lutas entre seus súditos e os mouros que viviam em Mazagão, uma possessão sua no Marrocos, o rei de Portugal, dom José, tomou uma decisão radical: em 1770, resolveu transferir toda a cidade para a Amazônia. Para isso, foi escolhida, no atual Estado do Amapá, uma área às margens do Rio Mutuacá para que fosse construída a Nova Mazagão. Hoje, 334 anos depois, o que restou dessa cidade está sendo escavado por equipe chefiada pelo arqueólogo Marcos Albuquerque, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).As escavações, solicitadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e financiadas pelo governo do Amapá, começaram em 10 de dezembro e tiveram de ser interrompidas no fim de fevereiro, por causa das chuvas. Serão retomadas em julho. O que já foi escavado revelou uma construção de Mazagão