Por que a beleza ideal era tão buscada pelo homem grego?
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Resposta:
Na sua constante busca da perfeição, os artistas gregos criaram uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio e a harmonia, valorizando as medidas proporcionadas, modelos de beleza ideal. Neste sentido, a estatuária grega é eloquente uma vez que apresenta os mais elevados e duradouros padrões de beleza na representação da forma humana jamais atingidos. Daí que falar do ideal da beleza grega possa legitimamwente passar por olhar a sua escultura.
A arte grega escultórica grega divide-se em três grandes períodos: o Arcaico, o Clássico e o Helenístico.
No Período Arcaico, que conserva as formas geométricas, os gregos começaram a esculpir, em mármore, grandes figuras de homens, simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua é conhecido por Kouros — homem jovem.
No Período Clássico, a procura da beleza passa pela representação do movimento nas estátuas — começou a usar-se o bronze, mais resistente que a pedra, por permitir fixar o movimento sem tanto risco de quebrar. Surge o nu feminino por contraponto ao período arcaico no qual as figuras femininas são representadas sempre vestidas.
No Período Helenístico, caracterizado pela movimentação tumultuosa das formas, observa-se um crescente naturalismo. Os seres humanos são representados não só de acordo com a idade e personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. A grande conquista da escultura do período Helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras que sugerissem mobilidade e fossem belos de todos os ângulos.
Os principais mestres da escultura clássica grega são:
Praxíteles, celebrado pela graça das suas esculturas, pela lânguida pose em “S” (Hermes com Dionísio menino), foi o primeiro a esculpir um nu feminino.
Policleto, autor de Doríforo — condutor da lança — criou padrões de beleza e equilíbrio através da dimensão da figura humana; o corpo deveria medir sete vezes e meia o tamanho da cabeça.
Fídias, talvez o mais famoso de todos, autor de Zeus Olímpico, sua obra-prima; realizou todos os baixo-relevos do Partenon — frontões, métopas e frisos.
Lisipo, representava os homens “tal como se vêem” e “não como são”. Foi Lisipo que introduziu a proporção ideal do corpo humano com a medida de oito vezes a cabeça.
Miron, autor do Discóbolo — o célebre lançador do disco.