Por qual motivo eles queria construir rapidamente as grandes construções de Lisboa?
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Resposta:
O Convento do Carmo é um dos grandes símbolos da destruição causada em Lisboa no terremoto de 1755.
O terremoto de Lisboa de 1755 teve grande repercussão internacional. Os historiadores afirmam que, após a destruição da cidade, inúmeras pessoas de outros países foram a Portugal observar e relatar a destruição que a capital de Portugal havia sofrido. O terremoto influenciou o pensamento de inúmeros intelectuais como Voltaire e Kant.
O rei português – d. José I – passou a sofrer o resto dos seus dias com claustrofobia. Ele sobreviveu ao desastre, porque na hora do terremoto estava nos arredores de Lisboa. A visão da destruição e os relatos de milhares de pessoas mortas soterradas fizeram com que o rei temesse viver em locais fechados.
D. José I foi rei de Portugal até 1777 e até o fim de seus dias viveu em um complexo de tendas construído em um local de Lisboa chamado Alto da Ajuda. Esse local foi escolhido por ser elevado e ter sofrido pouca destruição e as tendas construídas lá ficaram conhecidas como Real Barraca da Ajuda. Esse complexo existiu até o fim do século XVIII, quando um incêndio o destruiu.
Na cultura popular, o terremoto fez com que muitos enxergassem o desastre como um castigo divino e o caso de Gabriel Malagrida é bastante conhecido. Malagrida era um padre jesuíta e publicou um panfleto tratando o terremoto como um castigo de Deus. Ele acabou sendo denunciado na Inquisição, acusado de heresia e morto na fogueira em 1761.
Em outro aspecto relevante, o terremoto de Lisboa contribuiu para o desenvolvimento da sismologia, a área do conhecimento que estuda os terremotos. Isso porque Carvalho e Melo enviou inquéritos para os párocos da região atingida pelo terremoto. O objetivo desse inquérito, que tinha 13 perguntas, era averiguar os impactos do terremoto.
Pouca coisa sobrou da Lisboa de antes do terremoto e tudo que se tem hoje foi resgatado pela arqueologia. Prédios que permaneceram de pé e objetos utilizados pelas pessoas comuns antes do desastre são extremamente importantes na reconstrução dos acontecimentos que se passaram com esse desastre natural. Um dos símbolos do terremoto são as ruínas do Convento do Carmo, nunca reconstruído e que hoje abriga um museu.
|1| AZEVEDO, José Lúcio de. O Marquês de Pombal e sua época. Annuario do Brasil, Seara Nova, Renascença Portuguesa: Rio de Janeiro, Lisboa, Porto, 1922, p. 142.