por Quais transformações a cidade de São Luís passou ao longo do século xx
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Resumo:
O acervo histórico construído em São Luís do Maranhão desde o final da segunda metade do século XIX, até as primeiras décadas da república é retrato de um período de desenvolvimento pouco documentado. O objetivo deste estudo é reconhecer e discutir essa rica fase da história da capital maranhense para além dos casarões azulejados e valorizar os edifícios de valor patrimonial construídos no período supracitado dentro do contexto histórico que foram erguidos. A zona urbana do centro da cidade e bairros construídos neste momento, assim como as suas edificações, servirão como objetos de estudo para essa pesquisa.
A modernização do núcleo inicial e a expansão urbana para áreas periféricas refletem não só o crescimento populacional, mas sim a transformação social devido ao momento de ascensão industrial de São Luís a partir do final do século XIX e a nova estética que o governo da primeira república deu a cidade. O anseio republicano era se distanciar dos traços coloniais que o Brasil mantinha na época, o que posteriormente levou a um período de renovação e expansão urbana.
Kláutenys Cutrim (2011) define que durante o período do século XIX, São Luís era a quarta cidade mais importante do Brasil e naquele momento as unidades produtivas da indústria têxtil mudaram a configuração espacial da cidade. Transformando-se zonas rurais em urbanas, construindo moradias para funcionários que se agregaram a esses polos e dando origem a novos bairros periféricos ao conglomerado central.
A partir da década de 70 do século XIX, foi criada uma fábrica têxtil construída longe do centro da cidade e instalada em um lugar conhecida por Camboa do mato, terminando por resignar o seu nome. Foi organizada pela Companhia de fiação e tecidos maranhenses, fruto da união de comerciantes exportadores e importadores com alguns fazendeiros de diversas partes da província. A oferta do algodão cultivado no interior e a necessidade de diminuir o elevado custo do tecido vindo de outras partes do país garantiu o desenvolvimento da indústria desse segmento na capital. Posteriormente impulsionou outros setores, em São Luís e no interior do Maranhão (SILVA, 2012).
Atualmente as construções que foram criadas a partir da explosão industrial na capital maranhense do século XIX e início do século seguinte, principalmente nos bairros periféricos criados na época, assim como durante a intervenção de Paulo Ramos, já são raras na paisagem urbana ou estão em ruínas. A falta de reconhecimento da população com esse patrimônio, que é testemunho de uma fase de grande transformação da cidade de São Luís, ou a exploração da arquitetura colonial e imperial como símbolo da cidade, pode ter ajudado a desvalorização desse acervo, tanto no que tange o urbanismo quanto edificado. Essa pesquisa tem objetiva reconhecer dentro da construção histórica da cidade esses exemplares da arquitetura urbana como de valor histórico para o estado do Maranhão.
O acervo histórico construído em São Luís do Maranhão desde o final da segunda metade do século XIX, até as primeiras décadas da república é retrato de um período de desenvolvimento pouco documentado. O objetivo deste estudo é reconhecer e discutir essa rica fase da história da capital maranhense para além dos casarões azulejados e valorizar os edifícios de valor patrimonial construídos no período supracitado dentro do contexto histórico que foram erguidos. A zona urbana do centro da cidade e bairros construídos neste momento, assim como as suas edificações, servirão como objetos de estudo para essa pesquisa.
A modernização do núcleo inicial e a expansão urbana para áreas periféricas refletem não só o crescimento populacional, mas sim a transformação social devido ao momento de ascensão industrial de São Luís a partir do final do século XIX e a nova estética que o governo da primeira república deu a cidade. O anseio republicano era se distanciar dos traços coloniais que o Brasil mantinha na época, o que posteriormente levou a um período de renovação e expansão urbana.
Kláutenys Cutrim (2011) define que durante o período do século XIX, São Luís era a quarta cidade mais importante do Brasil e naquele momento as unidades produtivas da indústria têxtil mudaram a configuração espacial da cidade. Transformando-se zonas rurais em urbanas, construindo moradias para funcionários que se agregaram a esses polos e dando origem a novos bairros periféricos ao conglomerado central.
A partir da década de 70 do século XIX, foi criada uma fábrica têxtil construída longe do centro da cidade e instalada em um lugar conhecida por Camboa do mato, terminando por resignar o seu nome. Foi organizada pela Companhia de fiação e tecidos maranhenses, fruto da união de comerciantes exportadores e importadores com alguns fazendeiros de diversas partes da província. A oferta do algodão cultivado no interior e a necessidade de diminuir o elevado custo do tecido vindo de outras partes do país garantiu o desenvolvimento da indústria desse segmento na capital. Posteriormente impulsionou outros setores, em São Luís e no interior do Maranhão (SILVA, 2012).
Atualmente as construções que foram criadas a partir da explosão industrial na capital maranhense do século XIX e início do século seguinte, principalmente nos bairros periféricos criados na época, assim como durante a intervenção de Paulo Ramos, já são raras na paisagem urbana ou estão em ruínas. A falta de reconhecimento da população com esse patrimônio, que é testemunho de uma fase de grande transformação da cidade de São Luís, ou a exploração da arquitetura colonial e imperial como símbolo da cidade, pode ter ajudado a desvalorização desse acervo, tanto no que tange o urbanismo quanto edificado. Essa pesquisa tem objetiva reconhecer dentro da construção histórica da cidade esses exemplares da arquitetura urbana como de valor histórico para o estado do Maranhão.