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Resumo da, Europa: Sociedade e espaço econômico.
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O Antigo Regime refere-se originalmente ao sistema social e político aristocrático que foi estabelecido na França. Trata-se principalmente de um regime centralizado e absolutista, em que o poder era concentrado nas mãos do rei.
Também se atribui o nome Antigo Regime ao modo de viver característico das populações europeias durante os séculos XV, XVI, XVII, e XVIII, isto é, desde as descobertas marítimas até às revoluções liberais. Coincidiu politicamente com as monarquias absolutas, economicamente com o capitalismo social, e socialmente com a sociedade de ordens.
As estruturas sociais e administrativas do Antigo Regime foram resultado de anos de “construção” estatal, actos legislativos, conflitos e guerras internas, mas, tais circunstâncias permaneceram como uma mistura confusa de privilégios locais e disparidades históricas, até que a Revolução Francesa põe fim ao regime.
Durante o Antigo Regime a sociedade francesa encontrava-se dividida em três ordens, classes, estamentos ou estados:
O Primeiro Estado, representado pelo clero (bispos, abades, padres, frades e monges), representava 1% da população;
O Segundo Estado, representado pela nobreza e família real representava 2% da população;
O Terceiro Estado, que representava a burguesia, os camponeses - ou seja, o restante da população e os trabalhadores urbanos, representava o resto da população.
Muito da centralização política medieval da França se perdeu na Guerra dos Cem Anos, e a dinastia Valois se esforçava para restabelecer o controle sobre os “centros” políticos dispersos do país que estava prejudicado pelas Guerras Religiosas, que devastaram a França no século XVI e que opôs os católicos e protestantes. Muitos dos reinos de Henrique IV, Luís XIII e os primeiros anos de Luís XIV foram focados na centralização do poder administrativo. Cada estado, que compunha a sociedade francesa da época, tinha direito a um voto nas decisões das assembleias (Estados Gerais). Essa divisão era considerada injusta, pois a nobreza e o clero, que nesse sistema tinham direito a um voto cada, compunham na verdade um só grupo, já que, na época, o Estado era vinculado à Igreja Católica.
Apesar de, contudo, a noção de “Monarquia Absoluta” (tipificada pelo direito dos reis de emitir cartas que continham uma ordem expressa representando o desejo do monarca) e os esforços dos reis a fim de criar um Estado centralizado, o Antigo Regime francês permaneceu como um campo cheio de irregularidades: administrativas (incluindo a arrecadação de impostos), legais, judiciais, e com relação às divisões eclesiásticas, que frequentemente eram sobrepostas às outras esferas sociais, visto que naquela época a Igreja exercia um papel fundamental no âmbito da manutenção do poder absoluto e da manipulação social. Diante de tais repressões e abusos por parte do monarca, a nobreza francesa lutava para manter seus próprios direitos no que dizia respeito ao governo local e a justiça, ao passo que, fortes conflitos internos estavam sendo gerados contra a centralização.
A necessidade de centralização no referido período está diretamente ligada à questão do tesouro real e à realização de guerras. Os conflitos internos e a crises das dinastias dos séculos XVI e XVII, juntamente com a expansão territorial francesa durante o século XVII demandavam uma grande quantidade de verba a fim de bancar tais feituras, com isso, tem-se uma necessidade da cobrança de altos impostos, como o taille (imposto cobrado do campesinato francês com referência à quantidade de terras mantidas por cada casa no campo) e o gabelle (imposto referente ao sal), além de contribuições diretas de nobres de serviços vindos da mesma classe.
Um aspecto fundamental que contribuiu para a centralização do poder na França foi a substituição da “clientela” pessoal do rei (sistema organizado em volta do rei composto principalmente por nobres) pelos institutos estatais em volta do Estado. A criação dos Intendências – representações do poder real em cada província – possibilitou um eficiente enfraquecimento dos controles locais nas mãos dos nobres de cada província. A criação dos parlamentos regionais teve no início o mesmo objetivo de facilitar a introdução do poder real nas províncias recém incorporadas ao reino, mas como os parlamentos começaram a ganhar “auto confiança”, passaram a ser o começo da desunião.
Esse estilo de governo marcou a Europa na Idade Moderna. Na esfera política, era caracterizado pelo absolutismo, ou seja, uma monarquia absolutista, na qual o soberano concentrava em suas mãos os modernos poderes executivos, legislativo e judicial; na economia, vigorava o mercantilismo, marcado pelo acúmulo de capital realizado pelas nações. Outros "antigos regimes" em outros países europeus tiveram origens semelhantes, mas nem todos terminaram do mesmo modo: alguns evoluíram para monarquias constitucionais, enquanto outros foram derrubados por guerras e revoluções.
Também se atribui o nome Antigo Regime ao modo de viver característico das populações europeias durante os séculos XV, XVI, XVII, e XVIII, isto é, desde as descobertas marítimas até às revoluções liberais. Coincidiu politicamente com as monarquias absolutas, economicamente com o capitalismo social, e socialmente com a sociedade de ordens.
As estruturas sociais e administrativas do Antigo Regime foram resultado de anos de “construção” estatal, actos legislativos, conflitos e guerras internas, mas, tais circunstâncias permaneceram como uma mistura confusa de privilégios locais e disparidades históricas, até que a Revolução Francesa põe fim ao regime.
Durante o Antigo Regime a sociedade francesa encontrava-se dividida em três ordens, classes, estamentos ou estados:
O Primeiro Estado, representado pelo clero (bispos, abades, padres, frades e monges), representava 1% da população;
O Segundo Estado, representado pela nobreza e família real representava 2% da população;
O Terceiro Estado, que representava a burguesia, os camponeses - ou seja, o restante da população e os trabalhadores urbanos, representava o resto da população.
Muito da centralização política medieval da França se perdeu na Guerra dos Cem Anos, e a dinastia Valois se esforçava para restabelecer o controle sobre os “centros” políticos dispersos do país que estava prejudicado pelas Guerras Religiosas, que devastaram a França no século XVI e que opôs os católicos e protestantes. Muitos dos reinos de Henrique IV, Luís XIII e os primeiros anos de Luís XIV foram focados na centralização do poder administrativo. Cada estado, que compunha a sociedade francesa da época, tinha direito a um voto nas decisões das assembleias (Estados Gerais). Essa divisão era considerada injusta, pois a nobreza e o clero, que nesse sistema tinham direito a um voto cada, compunham na verdade um só grupo, já que, na época, o Estado era vinculado à Igreja Católica.
Apesar de, contudo, a noção de “Monarquia Absoluta” (tipificada pelo direito dos reis de emitir cartas que continham uma ordem expressa representando o desejo do monarca) e os esforços dos reis a fim de criar um Estado centralizado, o Antigo Regime francês permaneceu como um campo cheio de irregularidades: administrativas (incluindo a arrecadação de impostos), legais, judiciais, e com relação às divisões eclesiásticas, que frequentemente eram sobrepostas às outras esferas sociais, visto que naquela época a Igreja exercia um papel fundamental no âmbito da manutenção do poder absoluto e da manipulação social. Diante de tais repressões e abusos por parte do monarca, a nobreza francesa lutava para manter seus próprios direitos no que dizia respeito ao governo local e a justiça, ao passo que, fortes conflitos internos estavam sendo gerados contra a centralização.
A necessidade de centralização no referido período está diretamente ligada à questão do tesouro real e à realização de guerras. Os conflitos internos e a crises das dinastias dos séculos XVI e XVII, juntamente com a expansão territorial francesa durante o século XVII demandavam uma grande quantidade de verba a fim de bancar tais feituras, com isso, tem-se uma necessidade da cobrança de altos impostos, como o taille (imposto cobrado do campesinato francês com referência à quantidade de terras mantidas por cada casa no campo) e o gabelle (imposto referente ao sal), além de contribuições diretas de nobres de serviços vindos da mesma classe.
Um aspecto fundamental que contribuiu para a centralização do poder na França foi a substituição da “clientela” pessoal do rei (sistema organizado em volta do rei composto principalmente por nobres) pelos institutos estatais em volta do Estado. A criação dos Intendências – representações do poder real em cada província – possibilitou um eficiente enfraquecimento dos controles locais nas mãos dos nobres de cada província. A criação dos parlamentos regionais teve no início o mesmo objetivo de facilitar a introdução do poder real nas províncias recém incorporadas ao reino, mas como os parlamentos começaram a ganhar “auto confiança”, passaram a ser o começo da desunião.
Esse estilo de governo marcou a Europa na Idade Moderna. Na esfera política, era caracterizado pelo absolutismo, ou seja, uma monarquia absolutista, na qual o soberano concentrava em suas mãos os modernos poderes executivos, legislativo e judicial; na economia, vigorava o mercantilismo, marcado pelo acúmulo de capital realizado pelas nações. Outros "antigos regimes" em outros países europeus tiveram origens semelhantes, mas nem todos terminaram do mesmo modo: alguns evoluíram para monarquias constitucionais, enquanto outros foram derrubados por guerras e revoluções.
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