Geografia, perguntado por yousonicsuper, 6 meses atrás

POR FAVOR!!! QUAL É A SITUAÇÃO DOS SÍRIOS NO BRASIL!!! 90 PONTOS!!!

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Respondido por nandavasconcelos422
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Resposta:

A situação dos sírios no Brasil. O Brasil abriga hoje cerca de 3.800 sírios reconhecidos como refugiados. Luiz Fernando Godinho, porta-voz da Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no Brasil, vê a inserção no mercado de trabalho como o maior obstáculo à integração dessa população.

Explicação:

O Brasil abriga hoje cerca de 3.800 sírios reconhecidos como refugiados. Luiz Fernando Godinho, porta-voz da Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no Brasil, vê a inserção no mercado de trabalho como o maior obstáculo à integração dessa população. Com a covid-19, a situação se agravou.

"A pandemia afetou muito severamente os refugiados, não só no Brasil, mas ao redor do mundo. Essas pessoas se valem muitas vezes de empregos informais ou de trabalhos que foram muito afetados pela redução da atividade econômica", disse ele à DW.

Ainda assim, Godinho avalia que os sírios têm boas condições de melhorar sua situação econômica. Em 2019, o Acnur realizou um levantamento socioeconômico dos refugiados no Brasil. Dos 419 ouvidos – dos quais 153 eram sírios – 48% possuíam ensino médio completo, e 30% tinham ensino superior. Uma média superior à brasileira. De acordo com o IBGE, apenas 27,4% da população com 25 anos ou mais têm o ensino médio completo no Brasil, e somente 17,4% possuem ensino superior. "Isso mostra que essas pessoas têm um bom capital para a integração no país", aponta.

Contudo, a revalidação do diploma é um enorme desafio. Na mesma pesquisa, apenas 14 entrevistados haviam conseguido revalidar seus diplomas. Tinawi, que é engenheiro mecânico formado em Damasco, faz parte do grupo que não teve sucesso. Hoje, ele já não pensa em exercer a profissão no país. "Eu preciso trabalhar, tenho família, para mim é muito difícil conseguir estudar. Então agora eu trabalho com outra coisa", diz.

A dificuldade em aperfeiçoar o português é outro desafio. Tinawi e a esposa só conseguiram estudar a língua durante alguns meses. Depois, a necessidade de trabalhar e sustentar a família se impôs na rotina do casal.

Acompanhar as condições de vida dos sírios que ingressaram no Brasil na última década é difícil, pois "a partir do momento em que essas pessoas vão se integrando, elas se desligam da rede de assistência", afirma Godinho.

A tendência, contudo, é que elas tenham cada vez mais segurança do ponto de vista legal. Pela lei, a naturalização brasileira pode ser solicitada após quatro anos do pedido de reconhecimento da condição de refugiado.

Quanto à inserção no mercado de trabalho, Godinho ressalta que a questão varia de acordo com a realidade econômica do país. "Agora a situação está mais complicada", indica.

Essa é exatamente a realidade que Tinawi e a família vivem hoje. Desde que chegaram ao Brasil, em 2013, eles viram o panorama econômico mudar muito, do preço da gasolina ao dos alimentos. "O meu sonho é pagar as minhas contas no final do mês", diz sírio-brasileiro. Apesar das dificuldades, a família não cogita voltar para a Síria.

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