Português, perguntado por kedima01sousa, 1 ano atrás

Por favor me ajudem!! tenho que apresentar o contexto de algum conto e eu escolhir o conto bruxas nao existem de moacyr scliar mas eu nao sei como começa por favor me der uma ideia!!!

Soluções para a tarefa

Respondido por alineonline
6
O conto trata e travessuras de crianças contra uma senhora vizinha deles.

kedima01sousa: obrigado isso vai me ajudar...VALEU!!!!!!
Respondido por rosleinev91
2

Resposta:Bruxas não existem

Moacyr Scliar

Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres malvadas que passavam o tempo

todo maquinando coisas perversas. Os meus amigos também acreditavam nisso. A prova para

nós era uma mulher muito velha, uma solteirona que morava numa casinha caindo aos pedaços

no fim de nossa rua. Seu nome era Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de "bruxa".

Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela

tinha uma enorme verruga no queixo. E estava sempre falando sozinha. Nunca tínhamos entrado

na casa, mas tínhamos a certeza de que, se fizéssemos isso, nós a encontraríamos preparando

venenos num grande caldeirão.

Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta e meia invadíamos o pequeno pátio para

dali roubar frutas e quando, por acaso, a velha saía à rua para fazer compras no pequeno

armazém ali perto, corríamos atrás dela gritando "bruxa, bruxa!".

Um dia encontramos, no meio da rua, um bode morto. A quem pertencera esse animal nós

não sabíamos, mas logo descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo na casa da bruxa. O que seria

fácil. Ao contrário do que sempre acontecia, naquela manhã, e talvez por esquecimento, ela

deixara aberta a janela da frente. Sob comando do João Pedro, que era o nosso líder, levantamos

o bicho, que era grande e pesava bastante, e com muito esforço nós o levamos até a janela.

Tentamos empurrá-lo para dentro, mas aí os chifres ficaram presos na cortina.

- Vamos logo - gritava o João Pedro -, antes que a bruxa apareça. E ela apareceu. No

momento exato em que, finalmente, conseguíamos introduzir o bode pela janela, a porta se abriu

e ali estava ela, a bruxa, empunhando um cabo de vassoura. Rindo, saímos correndo. Eu,

gordinho, era o último.

E então aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e caí. De imediato senti uma dor

terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas não

consegui. E a bruxa, caminhando com dificuldade, mas com o cabo de vassoura na mão,

aproximava-se. Àquela altura a turma estava longe, ninguém poderia me ajudar. E a mulher sem

dúvida descarregaria em mim sua fúria.

Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de raiva. Mas aí viu a minha perna, e

instantaneamente mudou. Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la com uma habilidade

surpreendente.

- Está quebrada - disse por fim. - Mas podemos dar um jeito. Não se preocupe, sei fazer isso.

Fui enfermeira muitos anos, trabalhei em hospital. Confie em mim.

Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com eles, e com seu cinto de pano,

improvisou uma tala, imobilizando-me a perna. A dor diminuiu muito e, amparado nela, fui até

minha casa. "Chame uma ambulância", disse a mulher à minha mãe. Sorriu.

Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o médico engessou minha perna e em poucas

semanas eu estava recuperado. Desde então, deixei de acreditar em bruxas. E tornei-me grande

amigo de uma senhora que morava em minha rua, uma senhora muito boa que se chamava Ana

Custódio.

Explicação:

ESTE E O TEXTO INTEIRO∧∨∧∨

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