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Resposta:
Coronavírus no DF: casos de junho subiram 723% em relação a maio Comparação entre a primeira semana dos dois meses mostra aumento de 831 para 6.843 infecções.
Especialistas avaliam que notificações diárias poderão chegar a 8 mil no pico da doença: vírus avança rapidamente na capital AG Agatha Gonzaga CC Caroline Cintra postado em 08/06/2020 05:59 / atualizado em 08/06/2020 06:03
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movimento no comércio em Ceilândia ajudou na disseminação do vírus e levou a cidade ao topo da lista de regiões mais afetadas: aumento fez o GDF decretar fechamento(foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press - 4/5/20 )
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movimento no comércio em Ceilândia ajudou na disseminação do vírus e levou a cidade ao topo da lista de regiões mais afetadas: aumento fez o GDF decretar fechamento (foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press - 4/5/20 )
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O número é 723% maior na comparação dos primeiros sete dias de maio, quando foram contabilizados 831 casos.
Diante dos números, a Secretaria de Saúde estima que o pico epidêmico local, momento em que os números devem começar a diminuir, como observado em outros países que também enfrentaram a doença, deve acontecer na primeira quinzena de julho.
Segundo a pasta, com as projeções e ampliação do atendimento em hospitais, incluindo leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) no sistema público e privada contratada, a rede está preparada para atender a esta demanda.
Segundo o professor Jonas Brant, do departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB) e participante da Sala de Situação da Universidade e do Comitê da Covid-19, é possível que a data esteja um pouco para a frente, no final do próximo mês.
De acordo com o especialista, os estudos mostram que poucas pessoas foram expostas ao vírus até o momento, portanto a política de relaxamento do isolamento social e a ideia de imunidade de rebanho como uma tentativa de acelerar a chegada do pico para, só então, tratar as consequências, não é a melhor saída para o DF.
Leninha Pinheiro não sabe se fechar o comércio é a melhor opção, mas vai seguir o isolamento imposto pelo decreto(foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press - 8/5/20 ) Leninha Pinheiro não sabe se fechar o comércio é a melhor opção, mas vai seguir o isolamento imposto pelo decreto (foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press - 8/5/20 )
De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde divulgado ontem, 196 pessoas morreram de covid-19 no DF até o momento, quatro somente no ontem.
“O Laboratório Central de SaúdePpública do DF conseguiu organizar uma rede de parcerias, inclusive, com apoio da Universidade de Brasília (UnB) e outras áreas da saúde, que ampliaram muito a capacidade de testagem da população.
Isso permitiu conhecer mais casos e a tendência é que, assim, a letalidade, proporção de casos que evoluem para mortes, seja menor do que em outros estados”, avalia.
aumento dos registros fez com que o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinasse o fechamento, por 72h, a contar a partir desta segunda-feira, das atividades do setor produtivo, além de proibir aglomerações e eventos culturais e religiosos em Ceilândia, Sol Nascente e Estrutural.
Para Jonas, a medida pode desacelerar a curva de contaminação, mas trata-se de um “erro estratégico” do governo, uma ação que apenas ameniza, mas não contém o avanço da doença.
“Com os comércios fechados, isso, na teoria, vai diminuir o contato pessoal e a disseminação do vírus, mas ainda há o comércio informal, as pessoas podem sair dessas regiões para consumir em outros lugares, ou seja, sem isolar os casos positivos e os contatos, não se contém a pandemia”.
Segundo o especialista, com todas as ações demonstradas até o momento, é possível que, a partir de agosto, o DF passe a viver uma desaceleração da contaminação do vírus, mas provavelmente ainda teremos que investir em medidas de distanciamento até o fim do ano.