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No ano de 1996, o Brasil foi acometido por uma tragédia que deixou 60 mortos, conhecida como “Tragédia da Hemodiálise”. O caso ocorreu no município de Caruaru (PE) e teve como causa comprovada a presença de uma toxina (chamada microcistina-LR) produzida por cianobactérias (algas microscópicas) na água utilizada nos processos de hemodiálise dos doentes renais. Com base na análise do caso, a proliferação excessiva de cianobactérias e, consequentemente, a alta quantidade de toxinas presentes na água provavelmente foi estimulada de que maneira? Qual o nome deste processo?
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Resposta:
Explicação:RECIFE, BRASÍLIA, RIO e CURITIBA - Cinqüenta e dois dias após o início da tragédia da hemodiálise, a Secretaria de Saúde de Pernambuco não tem mais dúvidas quanto ao agente químico que intoxicou 126 pacientes do Instituto de Doenças Renais de Caruaru e ontem fez a 38ª vítima: foi a microsystina LR, toxina emitida por cyanobactérias, algas microscópicas que proliferam em reservatórios de água de qualidade duvidosa. Quantidades excessivas dessa toxina foram detectadas nos filtros de carvão ativado do IDR. A substância foi repassada pela água para a corrente sangüínea dos pacientes. A toxina foi identificada pela cientista Sandra de Oliveira Azevedo, do Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais da UFRJ. A presença da substância foi confirmada pelo secretário de Saúde de Pernambuco, Jarbas Barbosa, que informou, ainda, que os filtros do IDR estavam saturados, o que agravou o grau de intoxicação. Jarbas acha que há 90% de possibilidade de a toxina ser a causa da tragédia. A suspeita poderá ser ratificada com os resultados de exames de sangue e fígado das vítimas, que estão sendo feitos na Universidade Wrigth State, de Ohio. Segundo relatório da pesquisadora carioca - que esteve em Recife esta semana - as observações feitas em Caruaru e em laboratório permitem supor que a hepatite tóxica que atacou os pacientes do IDR pode estar diretamente relacionada com a presença dessa hepatotoxina na água. Ontem morreu mais uma paciente internada no Hospital Barão de Lucena, em Recife: Marinete Antônia de Andrade, de 41 anos. Setenta pessoas permanecem internadas no hospital com sintomas de hepatite tóxica. A tragédia da hemodiálise começou a ter suas causas investigadas em 7 de março e mobiliza no momento 11 instituições científicas do Brasil, da Europa e dos Estados Unidos. A movimentação não se deve só ao empenho das autoridades sanitárias brasileiras, mas também à curiosidade de cientistas internacionais, que estão diante de um caso inusitado na história da medicina: a tragédia de Pernambuco é a maior do mundo em número de vítimas em apenas uma clínica de hemodiálise e a única de que se tem registro na qual os pacientes apresentam sintomas de hepatotoxidade e neurotoxidade (intoxicações hepáticas e neurológicas). As chamadas algas azuis - as cyanobactérias - vêm sendo estudadas em todo o mundo desde a década passada, quando passaram a ser observadas com maior freqüência não só nos países tropicais como também na Europa. Algumas das toxinas por elas liberadas têm ação rápida e provocam a morte por parada respiratória em poucos minutos. JATENE DIZ QUE INSTITUTO DE CARUARU NÃO SERÁ REABERTO Em Brasília, o ministro da Saúde, Adib Jatene, disse que o Instituto de Doenças Renais de Caruaru não deverá ser reaberto. - É uma tragédia. As tragédias a gente lamenta e não foge da responsabilidade. É claro que, se a fiscalização tivesse sido mais eficiente, poderíamos ter evitado o problema - admitiu. Jatene disse que, além de fazer uma auditoria completa nos 430 centros de hemodiálise do país para verificar a qualidade dos serviços prestados, o Ministério também está negociando com o BNDES e com o Eximbank (Japão) a liberação de linhas de financiamento para reequipar os centros. Os equipamentos de muitos centros estão obsoletos ou estragados, o que traz risco de vida aos pacientes. Segundo Jatene, o Ministério pediu R 340 milhões em empréstimos para o setor. Os auditores do Ministério já inspecionaram 230 dos 430 centros de hemodiálise do país. De acordo com o ministro, muitos desses serviços estão em situação insatisfatória. Ele justificou que a fiscalização ainda não interditou alguns deles porque não há lugar para mandar os pacientes. - O objetivo da fiscalização não é destruir e, sim, melhorar a qualidade dos serviços. O serviço de hemodiálise não é como o de um restaurante, que quando é fechado o cliente procura outro. Nesse caso, os pacientes precisam ter para onde ir - disse. Oito laboratórios paranaenses, em sete cidades, usaram os kits para exame de Aids fabricados pela Abbott Inc. sob suspeita de irregularidade. Ontem, a Secretaria de Saúde do Paraná determinou a interdição cautelar do material, solicitando prioridade absoluta às regionais de saúde: os laboratórios devem informar o número de kits adquiridos, o total de exames feitos com o material e a listagem dos pacientes. Eles serão procurados para se submeter a novos exames. Os kits foram comprados por laboratórios de Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Ponta Grossa e Pato Branco. As distribuidoras curitibanas Microlab e Intralab compraram os produtos e repassaram para clientes no interior. Até agora, apenas no laboratório da Universidade de Maringá foram encontrados kits não usados, com prazo de validade vencido.