Sociologia, perguntado por FebrePalustre, 7 meses atrás

Por favor, alguém me ajuda com esta tarefa da faculdade?

Estudo Dirigido: Fundamentos da História (Ideologia Alemã), de K. Marx

1 – O que, na perspectiva de Marx, diferencia os homens dos animais e qual é a relação desta premissa com o pressuposto básico do materialismo histórico?



2 – Qual é a relação estabelecida entre os estágios do desenvolvimento das forças produtivas, da divisão do trabalho, das relações sociais de produção e, por conseguinte, dos tipos de propriedade?



3 - Quais são as principais formas de propriedade e qual delas demarca efetivamente o desenvolvimento da divisão do trabalho e, consequentemente, o início da luta de classes e da própria História?



4 – Qual é a relação existente entre o conceito de Materialismo Histórico e a divisão estabelecida pelo modelo analítico proposto por Marx entre uma (infra) estrutura e uma superestrutura?



5 – Quais são os três fatos históricos da existência humana, segundo Marx, e a relação deles com um determinado modo de produção, com “uma modalidade de cooperação” (ou de relações sociais) e, consequentemente, o surgimento da “consciência” e da “linguagem”?



6 – Em que momento “a divisão do trabalho se torna efetivamente divisão do trabalho” e quais são as consequências disso, segundo Marx?



7 – Como Marx caracteriza o Estado ao final do texto.

Soluções para a tarefa

Respondido por triodabibliajag
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As relações de produção regulam tanto a distribuição dos meios de produção e dos produtos quanto a apropriação dessa distribuição e do trabalho. Elas expressam as formas sociais de organização voltadas para a produção. Os fatores decorrentes dessas relações resultam em uma divisão no interior das sociedades.

Por ter uma finalidade em si mesmo, o processo produtivo aliena o trabalhador, já que é somente para produzir que ele existe. Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se extrema entre possuidores e os não detentores dos meios de produção. Surgem, então, a classe dominante e a classe dominada (ou seja, a dos trabalhadores). O Estado aparece para representar os interesses da classe dominante e cria, para isso, inúmeros aparatos para manter a estrutura da produção. Esses aparatos são nomeados por Marx de infraestrutura e condicionam o desenvolvimento de ideologias e normas reguladoras, sejam elas políticas, religiosas, culturais ou econômicas, para assegurar os interesses dos proprietários dos meios de produção.

Percebendo que mesmo a revolução burguesa não conseguiu abolir as contradições entre as classes, Marx observou que ao substituir as antigas condições de exploração do trabalhador por novas, o sistema capitalista de produção em seu desenvolvimento ainda guarda contradições internas que permitem criar condições objetivas para a transformação social. Contudo, cabe somente ao proletariado, na tomada de consciência de classe, sair do papel de mero determinismo histórico e passar a ser agente dessa transformação social.

As contradições são expressas no aumento da massa de despossuídos, que sofrem com os males da humanidade, tais como a pobreza, doenças, fome e desnutrição, e o atraso tecnológico em contraste com o grande acúmulo de bens e riquezas em grandes centros financeiros e industriais. É só por meio de um processo revolucionário que os proletários de todo o mundo, segundo Marx, poderiam eliminar as condições de apropriação e concentração dos meios de produção existentes. Acabando a propriedade desses meios, desapareceria a burguesia e instalar-se-ia, transitoriamente, uma ditadura do proletariado até que se realizem as condições de uma forma de organização social comunista.

Sabemos que esse ideal inspirou a Revolução Russa de 1917, com a criação da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que foi a primeira tentativa de um governo dos trabalhadores tendo em vista a construção da sociedade comunista. No entanto, os fracassos dessa experiência ainda nos permitem pensar no papel da propriedade privada no interior da sociedade. Se ela provoca as desigualdades, mas também a sua forma de uso coletivo não se mostrou adequada, como pensar, nos dias de hoje, a relação entre política e economia? Ainda que não haja respostas contundentes sobre esse assunto, parece ser o desafio do nosso tempo enxergar as contradições do sistema e buscar, de modo adequado, tomar consciência de que a transformação exige a participação de todos.

Assim, parece inquestionável o papel de Marx para os pensadores de nossos dias. Ainda que a solução encontrada por esse autor tenha ganhado concretude (fiel ou não a ele), é importante retomar sua crítica ao sistema visando sanar as contradições que estão evidenciadas em nosso cotidiano.


triodabibliajag: ESPERO TER AJUDADO
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