Sociologia, perguntado por karinasaraiva17218, 7 meses atrás

pontos principais e fundamentais da governança global.

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Respondido por sanstec
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Resposta:

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Explicação:

As relações internacionais contemporâneas são resultado direto dos fatos ocorridos na última década do século 20. A queda do muro de Berlim, a dissolução da União Soviética e o conseqüente fim da bipolaridade, que havia marcado o período da guerra fria, são aspectos que determinaram a constituição de nova ordem mundial. Esta, a despeito dos fatos relevantes que caracterizaram a primeira década do século 21, ainda apresenta características indefinidas. No plano epistemológico, as tentativas de apreensão dessa realidade, por sua vez, ainda não foram exitosas no afastamento das teorias clássicas, as quais continuam influentes. As perspectivas concebidas após o fim da guerra fria - como evidenciadas, por exemplo, nos trabalhos de Huntington e de Fukuyama, autores que formularam, respectivamente, a teoria do choque das civilizações e a teoria do fim da história – não foram confirmadas nos anos subsequentes, a despeito de sua popularidade e de sua influência sobre alguns tomadores de decisão.

Apesar das incertezas e das perplexidades que ainda perduram nas reflexões dos analistas, algumas constatações podem ser feitas acerca dessa realidade internacional contemporânea. Em primeiro lugar, deve-se notar que o fim da tensão bipolar e do equilíbrio do terror, que frequentemente eram expressos pela ameaça do confronto nuclear, possibilitou a criação de instrumentos que reforçam a governança internacional, conceito que, como se verá adiante, embora denote entendimento e cooperação, não é unívoco e igualmente percebido pelos internacionalistas. As grandes conferências internacionais[1], a criação da Organização Mundial do Comércio[2], e os tratados START I e II[3], sobre limitação de armas estratégicas, seriam, aparentemente, indícios efetivos da governança global do período que se seguiu à guerra fria.

Em segundo lugar, merece destaque, igualmente, a prevalência dos princípios políticos liberais e democráticos, mesmo que de forma menos peremptória do que a proposta por Fukuyama. Essa predominância, por sua vez, e esse é o terceiro aspecto a ser ressaltado, tornou-se progressivamente mais relevante, não apenas no interior dos Estados, mas, também, no âmbito das relações internacionais. As demandas por uma governança global mais democrática, por conseguinte, implicam alterações no que se entende por legitimidade nas relações internacionais e no que se consideram mecanismos democráticos de accountability das instituições internacionais. Essa dinâmica - que apresenta, simultaneamente, uma dimensão real e outra conceitual – será analisada e exemplificada, neste artigo, sob a perspectiva da segurança.

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