Polêmica sobre o feudalismo Tokugawa. No texto a seguir, a historiadora estadunidense Marcia Yonemoto discute o uso do termo feudalismo para caracterizar o Período Edo.A História do Japão, de George Sansom, foi publicada pela primeira vez em 1932 e usada em salas de aula das universidades norte-americanas até a década de 1980. Nela, o autor descreveu o período Tokugawa (1603-1868) como uma era de lei “feudal” opressiva. De acordo com esse ponto de vista, as divisões hierárquicas entre samurais, camponeses, artesãos e comerciantes foram rigorosamente mantidas. Sansom descreveu um sistema no qual os agressivos samurais usaram as espadas para reprimir os plebeus. Camponeses miseráveis, que mal ganhavam a vida, e comerciantes urbanos eram desprezados como aproveitadores inescrupulosos. Segundo Sansom, qualquer mudança era então rejeitada. O governo manteve o resto do mundo fora do país, negando “todos os benefícios que o Ocidente, mais tarde, iria oferecer”. Este movimento, afirmou Sansom,“estagnou o desenvolvimento cultural do Japão”. Os estudiosos atuais negam, em grande parte, este ponto de vista. [...] Novos trabalhos descrevem aquele sistema político como uma completa “burocracia racional”. Tal sistema “não era apenas uma instituição de samurais”, ao contrário, apoiava-se em “agentes comerciais e atividades” que não estavam relacionadas com a elite. Obras recentes designam a época (Tokugawa) como “um momento de extraordinário crescimento e mudança social”. Em termos de população e de produção, de urbanização e de comércio [...], tratou-se de um período de desenvolvimento sem paralelo. explique como o conceito de feudalismo reforça a visão eurocêntrica acerca da história do oriente causando-lhes problemáticas interpretativas sobre a própria construção historiográfica.
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Resposta:
Polêmica sobre o feudalismo Tokugawa
No texto a seguir, a historiadora estadunidense Marcia Yonemoto discute o uso do termo feudalismo para caracterizar o Período Edo.
A História do Japão, de George Sansom, foi publicada pela primeira vez em 1932 e usada em salas de aula das universidades norte-americanas até a década de 1980. Nela, o autor descreveu o período Tokugawa (1603-1868) como uma era de lei "feudal" opressiva. De acordo com esse ponto de vista, as divisões hierárquicas entre samurais, camponeses, artesãos e comerciantes foram rigorosamente mantidas. Sansom descreveu um sistema no qual os agressivos samurais usaram as espadas para reprimir os plebeus. Camponeses miseráveis, que mal ganhavam a vida, e comerciantes urbanos eram desprezados como aproveitadores inescrupulosos. Segundo Sansom, qualquer mudança era então rejeitada. O governo manteve o resto do mundo fora do país, negando "todos os benefícios que o Ocidente, mais tarde, iria oferecer." Este movimento, afirmou Sansom, "estagnou o desenvolvimento cultural do Japão".
Os estudiosos atuais negam, em grande parte, este ponto de vista. [...] Novos trabalhos descrevem aquele sistema político como uma completa "burocracia racional". Tal sistema "não era apenas uma instituição de samurais", ao contrário, apoiava-se em "agentes comerciais e atividades" que não estavam relacionadas com a elite. Obras recentes designam a época (Tokugawa) como "um momento de extraordinário crescimento e mudança social". Em termos de população e de produção, de urbanização e de comércio [...], tratou-se de um período de desenvolvimento sem paralelo".
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RESUMO
A História do Japão, de George Sansom, foi publicada pela primeira vez em 1932 e usada em salas de aula das universidades norte-americanas até a ...