Pois bem. O (belíssimo) centésimo gol de Rogério fez muita gente tropeçar nos números, ou melhor, na forma de dizer os números. Na TV, no rádio e em alguns jornais/sites, a informação foi dada de um jeito tal que... Que, tomados ao pé da letra, esses textos informavam que os 99 gols anteriores de Rogério tinham sido marcados (todos) contra o Corinthians. Exemplo: "O centésimo gol de Rogério contra o Corinthians deixou em estado de graça a torcida do Tricolor" é diferente de "O centésimo gol de Rogério, contra o Corinthians, deixou em estado...". Em outras matérias (ditas ou escritas), jornalistas trocaram o ordinal ("centésimo") pela rebarbativa expressão "de número 100" ("O gol de número 100 de Rogério Ceni..."). Sabemos todos que muitos ordinais não frequentam o nosso dia a dia. O caro leitor já deve ter presenciado uma cena comum em elevadores de edifícios comerciais em que há um ascensorista: a primeira pessoa que entra diz "Quarto"; a segunda, "Segundo"; a terceira, "Sexto"; a quarta, "23"... É fato mais do que cabal que, quando o número é alto, o falante tende a trocar o ordinal pelo cardinal, mas, cá entre nós, no caso da centena, a forma ordinal não causa estranheza, não acha? Um belo exemplo da "fuga" dos ordinais se vê no noticiário policial, sobretudo no rádio: "A ocorrência foi registrada no oitenta e oito DP". Aqui a fuga do ordinal impõe a forma rebarbativa ("...ao DP de número 88"). Quem quiser dizer exatamente o que está escrito na fachada do distrito (88º Distrito Policial) deve saber que o ordinal relativo a 80 é "octogésimo" (e não "octagésimo"). Moral da história: "...foi registrada no octogésimo oitavo DP". Bem, se o caro Rogério Ceni tivesse tempo para chegar ao gol de número 200, teríamos de aprender que o ordinal correspondente é "ducentésimo". Que tal, Ceni? É isso.
1-Qual a ideia central desse trecho? Exemplifique.
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pode levar ate o gol mais a tocida ta com o time
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