poesia de João Cândido...
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Resposta:
João Cândido (a chibata da revolta)
João
nasceu Cândido,
mas de Cândido não tinha nada.
Seu corpo
teve a benção do sul
o coração,
sobre o mar azul, velo da África.
Ainda moleque
descobriu que era galo de rinha
o negrinho sem breque sem vento e sem leque
teve aos seus pés, a marinha.
No barco da morte
encontrou o destino dos pais
um tronco no sul outro no norte,
assim era o Bahia
e o navio Minas Gerais.
Era chicote no almoço açolte na janta
os negros no calabouço
os brancos por cima da prancha. Mas nem toda dor é perene
ou se vai com as marés, a mão negra conspirou contra o leme
e a revolta surgiu do convés.
Ao som das trombetas
marujos de baionetas
tomaram os cascos
onde era servidos água com pão.
Onde rugia o som do carrasco e grito de capitão
nesse dia só se ouvia, a voz do porão.
O rufar dos tambores de couro e de lata
de todas as dores
por todas as datas,
ao som de canhão ou em doce serenata,
vão contar a história de João
um negro almirante que ultrajou a chibata.
Explicação:
confia no pai