Poemas aos homens do nosso tempo
Amada vida, minha morte demora.
Dizer que coisa ao homem,
Propor que viagem? Reis, ministros
E todos vós, políticos,
Que palavra além de ouro e treva
Fica em vossos ouvidos?
Além de vossa RAPACIDADE
O que sabeis
Da alma dos homens?
Ouro, conquista, lucro, logro
E os nossos ossos
E o sangue das gentes
E a vida dos homens
Entre os vossos dentes.
HILST, H. Poesia. São Paulo:
Quíron, 1980 (fragmento).
A palavra destacada no poema resume a
condição dos "homens do nosso tempo",
aos quais o eu lírico
A convida a repensar seus hábitos de consumo.
B condena pelos efeitos sociais de seu egoísmo.
C quer resgatar pela esperança no amor.
D atribui a confiança na vida moderna.
#ProvaENCCEJA2019
Soluções para a tarefa
A alternativa correta sobre o eu lírico, em relação aos "homens do nosso tempo", é a letra B) condena pelos efeitos sociais de seu egoísmo.
Hilda Hilst, ao escrever "Poemas aos homens do nosso tempo", disserta sobre a ganância e violência da sociedade contemporânea, bem como sobre seu egoísmo.
A autora questiona quais as formas de intervenção que os indivíduos têm perante essa situação desagradável e que se faz intrínseca na sociedade, se encontrando na raiz da mesma, sendo difícil de ser alterada ou transformada.
Para Hilst, o egoísmo presente na sociedade na sociedade atual se faz de maneira exagerada pois, para ela, as únicas coisas que importam nos tempos atuais são "ouro e treva".
Veja mais sobre egoísmo na sociedade em:
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