Poema sobre o coco babaçu
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os “babaçuais” ou “mata dos cocais” são formações florestais características da porção norte do Brasil que ocupam enormes extensões de terras onde há a presença de diversas palmeiras: macaúba (Acrocomia sclerocarpa), bacaba (Oenocarpus ssp.), babaçu (Orbignia martiana), tucum (Bactris setosa) etc.
Vale destacar que de todas essas palmeiras, o babaçu, também conhecido como boi vegetal, é a que apresenta maior importância ecológica, social e política como produto extrativo, pois a sua extração envolve uma infinidade de famílias nos Estados do Tocantins, Maranhão, Pará e Piauí.
O babaçu pode gerar, além do biodiesel, uma miscelânea de produtos, tais como: metanol, carvão vegetal, grafite, alcatrão, combustível de fornos e caldeiras, rações, aglomerados para construção civil, aglomerados para fabricação de móveis, entre outros. Suas folhas servem de matéria-prima para a fabricação de utilitários: cestas de vários tamanhos e funções, abanos, peneiras, esteiras, cercas, janelas, portas, armadilhas, gaiolas etc. O caule da palmeira serve na armação e cobertura de casas e abrigos.
As possibilidades de uso do babaçu são enormes, mas o seu principal produto extrativo, que possui alto valor mercantil e industrial, são as amêndoas contidas em seus frutos. As amêndoas, de 3 a 5 em cada fruto, são extraídas manualmente em um sistema caseiro tradicional, repassado de geração a geração. O óleo retirado das amêndoas do babaçu é usado na alimentação, na fabricação de margarina, sabonetes e também pode ser empregado no funcionamento de motores. De modo geral, a extração das amêndoas é praticada pelas mulheres, donas de casa e suas filhas, conhecidas como quebradeiras de coco, que contribuem significativamente no sustento de seus lares.
Ressalta-se também que a importância social do extrativismo do coco babaçu é ainda maior porque a sua exploração acontece no período de entressafra das principais culturas regionais, favorecendo a manutenção dessas famílias e contribuindo para conter o êxodo rural.
Apesar de tantas e variadas utilidades, por sua ocorrência não controlada do ponto de vista econômico e agrícola, o babaçu continua a ser tratado como um recurso marginal, permanecendo apenas como parte integrante dos sistemas tradicionais e de subsistência dessa região.
Na tentativa de vencer esses obstáculos foi criado o “Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu” (MIQCB), que integra as quebradeiras de coco babaçu desses quatro Estados brasileiros.
Esse Movimento está sediado na capital do Maranhão, São Luís, e conta com seis regionais espalhadas nessa região, sendo três no Maranhão, uma na Baixada Maranhense (município de Viana), outra no Médio Mearim (em Pedreiras) e ainda outra no Sul (em Imperatriz); uma regional no Tocantins (região do Bico do Papagaio); outra no Sudeste do Pará (município de São Domingos do Araguaia); e ainda outra no Piauí (município de Esperantina).
Desde sua criação, o MIQCB tem mobilizado os diversos segmentos sociais e inúmeras instituições governamentais com o objetivo de conquistar melhores condições de vida e de trabalho, trazendo desenvolvimento sustentável para a região.
Acreditamos que esse grupo tradicional, reconhecido como uma minoria étnica, precisa ser mais valorizado e reconhecido por todos nós, pois com baixo investimento e com o emprego de tecnologia nacional e comercialmente já disponível é possível transformar esse recurso em energia a partir da produção de biodiesel e com isso agregar valor a um produto agroextrativista, beneficiando assim as quebradeiras de coco, suas famílias, a região dos babaçuais e nosso país como um todo.
Vale destacar que de todas essas palmeiras, o babaçu, também conhecido como boi vegetal, é a que apresenta maior importância ecológica, social e política como produto extrativo, pois a sua extração envolve uma infinidade de famílias nos Estados do Tocantins, Maranhão, Pará e Piauí.
O babaçu pode gerar, além do biodiesel, uma miscelânea de produtos, tais como: metanol, carvão vegetal, grafite, alcatrão, combustível de fornos e caldeiras, rações, aglomerados para construção civil, aglomerados para fabricação de móveis, entre outros. Suas folhas servem de matéria-prima para a fabricação de utilitários: cestas de vários tamanhos e funções, abanos, peneiras, esteiras, cercas, janelas, portas, armadilhas, gaiolas etc. O caule da palmeira serve na armação e cobertura de casas e abrigos.
As possibilidades de uso do babaçu são enormes, mas o seu principal produto extrativo, que possui alto valor mercantil e industrial, são as amêndoas contidas em seus frutos. As amêndoas, de 3 a 5 em cada fruto, são extraídas manualmente em um sistema caseiro tradicional, repassado de geração a geração. O óleo retirado das amêndoas do babaçu é usado na alimentação, na fabricação de margarina, sabonetes e também pode ser empregado no funcionamento de motores. De modo geral, a extração das amêndoas é praticada pelas mulheres, donas de casa e suas filhas, conhecidas como quebradeiras de coco, que contribuem significativamente no sustento de seus lares.
Ressalta-se também que a importância social do extrativismo do coco babaçu é ainda maior porque a sua exploração acontece no período de entressafra das principais culturas regionais, favorecendo a manutenção dessas famílias e contribuindo para conter o êxodo rural.
Apesar de tantas e variadas utilidades, por sua ocorrência não controlada do ponto de vista econômico e agrícola, o babaçu continua a ser tratado como um recurso marginal, permanecendo apenas como parte integrante dos sistemas tradicionais e de subsistência dessa região.
Na tentativa de vencer esses obstáculos foi criado o “Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu” (MIQCB), que integra as quebradeiras de coco babaçu desses quatro Estados brasileiros.
Esse Movimento está sediado na capital do Maranhão, São Luís, e conta com seis regionais espalhadas nessa região, sendo três no Maranhão, uma na Baixada Maranhense (município de Viana), outra no Médio Mearim (em Pedreiras) e ainda outra no Sul (em Imperatriz); uma regional no Tocantins (região do Bico do Papagaio); outra no Sudeste do Pará (município de São Domingos do Araguaia); e ainda outra no Piauí (município de Esperantina).
Desde sua criação, o MIQCB tem mobilizado os diversos segmentos sociais e inúmeras instituições governamentais com o objetivo de conquistar melhores condições de vida e de trabalho, trazendo desenvolvimento sustentável para a região.
Acreditamos que esse grupo tradicional, reconhecido como uma minoria étnica, precisa ser mais valorizado e reconhecido por todos nós, pois com baixo investimento e com o emprego de tecnologia nacional e comercialmente já disponível é possível transformar esse recurso em energia a partir da produção de biodiesel e com isso agregar valor a um produto agroextrativista, beneficiando assim as quebradeiras de coco, suas famílias, a região dos babaçuais e nosso país como um todo.
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Sou uma quebradeira de coco babaçu,
Não tenho vergonha da minha profissão,
Minha vida aqui no interior não tem abajur,
Sou mesma uma quebradeira do capoeirão.
Levanto cedo e caio no mato sem mandriar,
Ouço o bem-te-vi no alto da palmeira a cantar,
Sou uma trabalhadora e não gosto de panriar,
Ainda sou pobre e não tenho conta a pagar.
Vivo do coco babaçu que a natureza deixou,
Das palhas esverdeadas nascem à bela riqueza,
O Maranhão é um presente que Deus mandou,
Sou feliz quebrando o coco com presteza.
Fico triste quando vejo o povo falar,
Que aqui vai virar campo ou um mar de soja,
Querem plantar girassol pra me acabar,
Um tal de biodiesel com o óleo de jojoba.
Não tenho vergonha da minha profissão,
Minha vida aqui no interior não tem abajur,
Sou mesma uma quebradeira do capoeirão.
Levanto cedo e caio no mato sem mandriar,
Ouço o bem-te-vi no alto da palmeira a cantar,
Sou uma trabalhadora e não gosto de panriar,
Ainda sou pobre e não tenho conta a pagar.
Vivo do coco babaçu que a natureza deixou,
Das palhas esverdeadas nascem à bela riqueza,
O Maranhão é um presente que Deus mandou,
Sou feliz quebrando o coco com presteza.
Fico triste quando vejo o povo falar,
Que aqui vai virar campo ou um mar de soja,
Querem plantar girassol pra me acabar,
Um tal de biodiesel com o óleo de jojoba.
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