poema sobre minha rua
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Não existe neste mundo
uma rua
como é a minha.
Não é bonita,
não é muito limpa,
e nem tem
grandes edifícios
para enfeitar,
tem até
bastante mato
para enfeiar.
Tem uma descida,
quase uma ladeira,
tem uma vila,
tem um botequim
aqui do lado,
onde há seresta
de boêmios embriagados
até alta madrugada.
Mas eu sei,
que não existe no mundo
outra rua
assim como a minha.
A minha rua,
é bem pequena,
mal calçada
e está sempre
tão esburacada,
que quando chove
fica logo
alagada.
Minha rua tem só um poste,
uma lâmpada
e uma boca de lobo
para escoar
toda água.
Mas a luz,
está queimada
e bueiro entupido
de entulho.
Minha rua
termina na avenida
e começa
bem em frente
de casa.
Não é uma rua
diferente.
Tem moleques,
tem pedintes,
tem boteco,
tem pileques
e um armazém
de secos e molhados,
onde uma
dama da noite
faz seu ponto
quando fecha.
Minha rua
é bem pequena,
mal iluminada,
sem calçada,
mas com tudo isso
eu gosto muito dela
pois já aprendi
a pular a água
empoçada nos buracos
e da luz da lua
para iluminar,
até do terreno baldio
para enfeiar.
Eu já aprendi
a gostar da rua,
da minha rua
que começa
em frente de casa
e termina
na avenida
duas quadras acima
Resposta:;-;
Explicação: