poema sobre as lutas da independência da Bahia
Soluções para a tarefa
A cidade de Salvador assistia à demanda
A cada dia, dos moradores, que aumentou
Diante da chegada de reforço a Madeira
E assim a nossa querida Bahia se libertou.
E tivemos o primeiro Governador baiano,
Excelentíssimo Senhor Miguel Calmon.
Hoje temos uma liberdade de expressão
E vivemos em um Estado assim tão bom.
Mário Querino – Poeta de Deus
A Independência da Bahia, também chamada de Segunda Independência do Brasil na Bahia, teve início em fevereiro de 1822 e terminou no ano seguinte, no dia 2 de julho. Esse movimento foi motivado pela vontade que o povo tinha da emancipação do Brasil, que até então era comandado pelos portugueses.
Castro Alves (1847-1871), um poeta baiano que nasceu alguns anos após essa revolta, fez um poema dividido em três partes, sobre essas lutas, o que elas significaram para ele e o que significariam para as próximas gerações. O poema levou o nome da data em que a independência do Brasil se consolidou "Ao dia 2 de Julho".
Parte 1
Que céu tão negro... que tão negra a terra,
Rugindo rola-se o trovão no espaço...
Falanges negras de chumbadas nuvens
Raios vomitam num medonho abraço...
Na terra perdem-se ao tinir de ferros
Entre soluços mil sentidos cantos,
E ao som do cedro que os machados tombam
Chora o cativo amargurados prantos.
Do rosto másculo lhe goteja a lágrima
Que as ervas torra do queimado chão.
Procura a esposa que lhe mostre o filho...
O céu troveja e lhe responde — não.
Um suor frio lhe passou nos membros...
No corpo a vida para sempre cansa.
Caiu por terra, mas lembrando o filho
Com os lábios hirtos repetiu — vingança.
Nem pôde ao menos abraçar a esposa
Na hora triste do seu passamento.
São-lhe sudário da mangueira velha
As folhas secas que lhe atira o vento.
Só tem por prantos o gemer tristonho
Da ventania que rugindo passa.
— Triste epopéia do guerreiro forte
Que enfim, cativo fez a morte escassa...
E após... Um dia a soluçar nos ferros
Passa o filhinho p’la senil mangueira...
E passa o triste sem saber ao menos
Do pátrio túmulo ter passado à beira...
Castro Alves
Espero ter ajudado!
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