POEMA MATEMATICOMe somo.E fico um.Me multiplico.E permaneço um.Me divido.E continuo um.Me diminuo.E resto um.Me escrevo.E sou nenhum.BELL, Lindolf. O Código das Aguas. Florianópolis: Global, p.86.20. Poema é a expressão em versos. Em relação ao "PoemaMatemático", assinale a afirmação em desacordo coma) O poema é composto por dez versos distribuídos emcinco dísticos.b) O poeta adapta as operações fundamentais daMatemática para fazer uma alegoria à vida.c) Nos versos 1, 3, 5, 7 e 9, o poeta faz uso dalinguagem coloquial, o que se revela no uso dapróclise em vez da ênclise.d) A repetição da conjunção coordenativa e, ligando osversos e dando unidade ao poema, constituipolissíndeto.e) Da leitura do poema, depreende-se que há umagradação ascendente em relação à efemeridade da vida
Soluções para a tarefa
A afirmação em desacordo com o poema é:
e) Da leitura do poema, depreende-se que há uma gradação ascendente em relação à efemeridade da vida.
> Na verdade, trata-se de uma gradação descendente, pois as palavras vão de um sentido mais forte a um sentido mais fraco.
Perceba o sentido decrescente que vai de "um" para "nenhum".
Os outros itens estão corretos. Veja:
a) Dísticos são estrofes compostas de dois versos. Assim, temos 5 estrofes cada uma com 2 dísticos. Logo, são 10 dísticos.
b) O eu lírico usa a soma, multiplicação, subtração e divisão para falar da efemeridade da vida.
c) Versos como "Me somo", "Me multiplico", etc, apresentam linguagem coloquial, pois o uso da próclise está inadequado.
d) A repetição de conjunção recebe o nome de polissíndeto.