Português, perguntado por morena12364, 1 ano atrás

poema do Alzira rufine​

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Respondido por tevinhosaspeka
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Resposta:

CRIOULA

(Alzira Rufino)

Eu sou criola decente

Não sou vil

Estou nas cordas

Em equilíbrio

De um Brasil

A minha cor apavora

Essa raça agride ouvi dizer

Não é nos dentes do negro

Não é no sexo do negro

É na arte do negro

De viver

Melhor dizendo

Sobreviver

Com essa coisa que arrasta

O tronco que tentam esconder

Mas esses troncos existem

No conviver

Os troncos estão nas favelas

Vejo troncos nas vielas

Nas moradias fedidas

Nas peles sem esperança

Nas enxurradas de não

No jogo das damas e reis

Eu me perdi

Nas rotas dos estiletes

Nas celas e nos engodos

Negro carretel de rolo

Querem fazer um mundo

Marginal criolo

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