Poema de circunstância
Onde estão os meus verdes?
Os meus azuis?
O arranha-céu comeu!
E ainda falam nos mastodontes, nos brontossauros, nos tiranossauros,
Que mais sei eu...
Os verdadeiros monstros, os Papões, são eles, os arranha-céus!
Daqui
Do fundo
Das suas goelas,
Só vemos o céu, estreitamente, através de suas empinadas gargantas ressecas.
Para que lhes serviu beberem tanta luz?!
Defronte
À janela onde trabalho
Há uma grande árvore...
Mas já estão gestando um monstro de permeio!
Sim, uma grande árvore... Enquanto há verde,
Pastai, pastai, olhos meus...
Uma grande árvore muito verde... ah,
Todos os meus olhares são de adeus
Como o último olhar de um condenado!
QUINTANA, Mario. Apontamentos de história sobrenatural. São Paulo, círculo do livro, s/d, p. 121.
Nesse poema, o eu lírico
A
descreve um cenário fantástico, povoado de monstros pré-históricos que devoram a paisagem.
B) olha avidamente para o que resta da natureza, na paisagem urbana dominada por edifícios.
narra um pesadelo, em que ele é prisioneiro no último prédio que resta na cidade.
está preso em um edifício, e sua última possibilidade de fuga é impedida por uma grande árvore,
gestada monstruosamente pela paisagem urbana.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
B
Explicação:
O poema retrata um eu lírico preocupado com a dominação dos edifício e a falta do verde, que seria a natureza.
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