poderíamos concluir que a escolha de palavras é um recurso poderoso para expressar diferenças no modo de interpretar um fato. Explique por quê.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Compreensão e Interpretação de Textos
Considerações sobre o texto
O texto (do latim textu, “tecido”) é um conjunto de partes articuladas e organizadas entre si. Para entender o texto em sua totalidade, é preciso estabelecer a relação entre as partes, visto que o todo é a síntese das partes. Para que se tenha acesso à totalidade, é necessário o assunto do qual se fala, ou seja, o tema do texto.
Contexto
O contexto é um dos responsáveis por variar o significado das palavras. Quando se desconhece uma palavra, através do contexto, é possível interpretá-la.
Perceba que a palavra “fogo”, usada em quatro contextos diferentes, muda completamente de significado, bastando apenas uma alteração de situação.
O conhecimento de mundo
Para compreender e interpretar um texto, faz-se necessária um conhecimento de mundo, vivências do leitor. Sem isso, a compreensão do texto será parcial.
O implícito
Implícito refere-se ao fato de algo estar pressuposto, subentendido, nas entrelinhas. É mais difícil de ser percebido, por não está de maneira expressa, ou seja, não está escrito no texto, é preciso inferir.
Exemplo: – Maria, o José parou de vender contrabando do Paraguai?
Ele vendia coisas do Paraguai?
Embora um interlocutor desconhecesse o fato, o verbo “parar” pressupõe que “Josimar”, em algum momento, contrabandeou.
A progressão textual
Um texto é um amontoado de partes, mas essas partes precisam estar articuladas entre os parágrafos, não são organizadas de maneira aleatória. A progressão lógica do texto se dá por meio de marcadores de coesão (conjunções, preposições, pronomes relativos etc) e coerência (encadeamento lógico). Esses marcadores estabelecem ritmo, direção e, consequentemente, uma progressão textual, através das possibilidades dos conectivos de contrariar, somar, negar, confirmar, introduzir, finalizar etc.
Funções da Linguagem
A língua possui duas funções principais:
1 – Um sistema de respostas por meio do qual os indivíduos se comunicam (comunicação interindividual)
2 – Um sistema de respostas que auxilia o pensamento e a ação do indivíduo (comunicação intraindividual).
Com isso, a comunicação é encarada sob três perspectivas diversas que resumem as funções fundamentais da linguagem. Do ponto de vista de quem fala (trata-se aqui de expressar um pensamento, sentimento ou desejo) é um sintoma; do ponto de vista de quem ouve (uma chamada que é respondida com uma ação verbal ou não) é um sinal; da comunicação (da coisa que se fala) é um símbolo.
Pressupostos
São ideias não construídas de modo explícito. O sentido decorre da lógica apresentada por algumas palavras e/ou expressões contidas no texto (a informação depreendida é indiscutível). Nesse caso a leitura é garantida.
Mário confessou que desviou a verba. (Pressupõe que ele é culpado)
Subentendido ou Inferências
São insinuações não marcadas linguisticamente (o autor dá a entender, não garante explicitamente, as informações são discutíveis). O subentendido é de responsabilidade do leitor, por isso é preciso atenção às possibilidades contextualizadas. Nesse caso temos leituras possíveis.
Implicatura
É um sentido derivado que atribuímos a um enunciado depois de constatar que seu sentido literal é irrelevante para a situação. Se perguntamos: “Qual é a função de Pedro no jornal?” e ouvimos “Pedro é o filho do chefe”, podemos depreender dessa resposta que Pedro não tem função nenhuma, que Pedro não faz nada ou que Pedro não precisa fazer nada.
Nem as implicaturas nem as pressuposições fazem parte do conteúdo explicitado. A diferença entre elas está no fato de que, com respeito às pressuposições, a estrutura linguística nos oferece os elementos que permitem depreendê-las; já com as implicaturas isto não acontece — o suporte linguístico é menos óbvio e, portanto, elas dependem, principalmente, do conhecimento compartilhado da situação pelo falante e pelo ouvinte. As pressuposições fazem parte do sentido literal das frases, enquanto as implicaturas são estranhas a ele.
Ambiguidade
É aquilo que apresenta duas faces, dois sentidos. Há diversas construções linguísticas que desencadeiam a ambiguidade, por isso, é interessante que se conheça a gramática e suas aplicações a fim de se evitar o erro.
Exemplo:
O assessor do presidente comunicou a sua demissão. (“sua” pode se referir a “assessor” ou a “presidente”
Explicação: