Poderiam traduzir esse texto para inglês, por favor?
Eu vou falar sobre o feminismo liberal, que é uma teoria de tradição intelectual baseada no positivismo e empirismo, como a minha amiga disse. E essa é uma abordagem que desempenha um papel importante na trajetória do feminismo, uma vez que pode-se dizer que o feminismo liberal é responsável pela maior parte das reformas nas democracias liberais ocidentais que favoreceram as mulheres. Além disso, nos Estados Unidos, também está relacionado à mulheres ativistas e organizações como a Organização Nacional para Mulheres.
Agora, falando mais sobre a teoria, o feminismo liberal resgata esse conceito de que a natureza e a racionalidade humanas são extremamente individualistas, mas que as mulheres seriam privadas dessa lógica por causa da discriminação. Como por exemplo, uma situação que pode ser vista muitas vezes que, enquanto os homens são julgados por seus méritos como indivíduos, as mulheres tendem a ser julgadas como mulheres ou como um grupo. Mas feministas liberais acreditam que esse problema pode ser superado com a remoção de obstáculos legais que impedem as mulheres de terem os mesmos direitos e oportunidades que os homens. E com essas condições, seria possível abrir o caminho para a igualdade total. Na verdade, o Estado seria a autoridade mais adequada para estabelecer os direitos das mulheres, segundo a maioria das feministas liberais.
Porém, existem teorias que são críticas a essa visão do feminismo liberal e eu vou falar sobre duas delas: O feminismo radical e o feminismo psicológico.
Começando pelo feminismo radical, eles argumentam que a "opressão" das mulheres seria profunda demais para ser abolida simplesmente com a remoção de barreiras legais, pois as mulheres eram oprimidas por um amplo sistema de dominação masculina, ou patriarcado. As feministas radicais não apoiavam a ideia de que as mulheres deveriam almejar ser iguais aos homens. Pelo contrário, deveriam valorizar as virtudes femininas ou, como chamam, o "modo de conhecer" das mulheres; isso poderia ser o pilar para sociedades melhores. Especialmente porque, enquanto o raciocínio patriarcal é definido por divisões e (ou seja, mais conflitantes) oposições, os "modos de saber" das mulheres procuravam criar uma visão de mundo baseada em relacionamentos e conexões.
E o feminismo psicológico segue a mesma linha. Essa abordagem também acredita na diferença entre os gêneros, mas que essa diferenciação seria formada na socialização da infância, como a típica identificação das meninas com o papel da mãe. E há estudos que sugerem que as "maneiras de conhecer" provindas da prática materna podem ser úteis em áreas relacionadas à resolução de conflitos. Existe também a teoria de que mulheres e homens têm pontos de vista diferentes quanto à moralidade, uma vez que as preferências morais das mulheres não seriam baseadas em orientações éticas universais (como seria o caso dos homens), mas sim estabelecidas em contextos particulares.
Assim, é possível notar que tanto o feminismo radical quanto o feminismo psicanalítico são abordagens bastante essencialistas, gerando diversas críticas. Apesar disso, elas foram importantes para introduzir versões do ponto de vista das mulheres, servindo de base para outras abordagens – principalmente as que se inspiram em uma definição de gênero que percebe as relações desiguais de poder provindas da “masculinidade hegemônica”.
Soluções para a tarefa
Resposta:
I will talk about liberal feminism, which is a theory of intellectual tradition based on positivism and empiricism, as my friend said. And this is an approach that plays an important role in the trajectory of feminism, since liberal feminism can be said to account for most of the reforms in Western liberal democracies that favored women. In addition, in the United States, it is also related to women activists and organizations such as the National Organization for Women.
Now, talking more about the theory, liberal feminism recovers this concept that human nature and rationality are extremely individualistic, but that women would be deprived of this logic because of discrimination. For example, a situation that can often be seen is that while men are judged on their merits as individuals, women tend to be judged as women or as a group. But liberal feminists believe that this problem can be overcome by removing legal obstacles that prevent women from having the same rights and opportunities as men. And with these conditions, it would be possible to pave the way for total equality. In fact, the state would be the most appropriate authority for establishing women's rights, according to most liberal feminists.
However, there are theories that are critical of this view of liberal feminism and I will talk about two of them: Radical feminism and psychological feminism.
Starting with radical feminism, they argue that women's "oppression" would be too deep to be abolished simply by removing legal barriers, as women were oppressed by a broad system of male domination, or patriarchy. Radical feminists did not support the idea that women should aim to be equal to men. On the contrary, they should value female virtues or, as they call it, women's "way of knowing"; That could be the pillar for better societies. Especially because, while patriarchal reasoning is defined by divisions and (more conflicting) oppositions, women's "ways of knowing" sought to create a worldview based on relationships and connections.
And psychological feminism follows the same line. This approach also believes in the difference between genders, but that this differentiation would be formed in the socialization of childhood, as the typical identification of girls with the role of the mother. And there are studies that suggest that "ways of knowing" from maternal practice may be useful in areas related to conflict resolution. There is also the theory that women and men have different views on morality, since women's moral preferences would not be based on universal ethical orientations (as would men) but rather established in particular contexts.
Thus, it is possible to note that both radical feminism and psychoanalytic feminism are very essentialist approaches, generating several criticisms. Nonetheless, they were important in introducing versions from the women's point of view, underpinning other approaches - especially those that are inspired by a definition of gender that perceives the unequal power relations stemming from “hegemonic masculinity”.