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Resumo: O objetivo deste artigo é concretizar o que venha a ser o Absolutismo na ótica do Filósofo Inglês Thomas Hobbes e o Liberalismo inglês, aprofundado pelo trabalho do brilhante iluminista John Locke. O presente trabalho busca orientar as duas escolas teóricas, destacando os conflitos e concordâncias trazidas por elas. Revela a grande contribuição desses pensamentos filosóficos para a construção do mundo Moderno.
. O ABSOLUTISMO E O LIBERALISMO
O Absolutismo de Hobbes era formado por um governo autoritário centralizador, onde o soberano tinha autonomia delegada pelo povo através de um contrato e teria poderes absolutos, sem limite algum, acumulava as funções de organizador da vida social (legislando a vida em sociedade e traçando os parâmetros segundo sua vontade soberana), de administrar a justiça, polícia e soberania. Todos os homens estavam subordinados ao “Leviatã”, que exercia de fato e de direito os atributos da soberania.
A teoria política de Hobbes se concentra na racionalização dos mecanismos do poder e de instituição do Estado. Sem soberania, não há ordem política. A soberania pertence ao todo coletivo, mas sua unidade exige a mediação de uma representação. A unidade política é mais do que o consenso, mas a unidade real de todos os indivíduos em uma só e mesma pessoa. Segundo Hobbes:
“O desígnio dos homens causa final ou fim ultimo (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos. ( Leviatã, cap.XVII, p.27.)
O homem, dentro de sua própria natureza, é um ser que se encontra em um estado de desordem quando não vigiado por uma instituição maior que o ampare e que aloque sua existência e seus interesses em harmonia com os outros indivíduos que participam da sociedade. Portanto, a figura imperativa do Estado é fundamental na medida em que garante o equilíbrio entre essência de caos do homem e sua