História, perguntado por eudesonAlmeida, 11 meses atrás

podemos afirmar que a sociedade mineradora era caracteriza pela desigualdade social ​

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Respondido por skaarl
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Desta estrutura social diferenciada faziam parte os setores mais ricos da população - chamados "grandes" da sociedade - mineradores, fazendeiros, comerciantes e altos funcionários, encarregados da administração das Minas e indicados diretamente pela Metrópole.

Compunham o contingente médio, em atividades profissionais diversas, os donos de vendas, mascates, artesãos (como alfaiates, carpinteiros, sapateiros) e tropeiros. E ainda pequenos roceiros que, em terrenos reduzidos, entregavam-se à agricultura de subsistência. Plantavam roças de milho, feijão, mandioca, algumas hortaliças e árvores frutíferas. Também faziam parte deste grupo os faiscadores - indivíduos nômades que mineravam por conta própria. Deslocavam-se conforme o esgotamento dos veios de ouro. No final do século XVIII, esta camada social foi acrescida de elementos ligados aos núcleos de criação de gado leiteiro, dando início à produção do queijo de Minas.

incluíam-se também nessa camada intermediária os padres seculares. Na Colônia, poucos membros do clero ocupavam altos cargos como, por exemplo, o de bispo. Este morava na única cidade da capitania: Mariana.

Por outro lado, crescia na capitania real o número de indivíduos sujeitos às ocupações incertas. Vivendo na pobreza, na promiscuidade e muitas vezes no crime, não tinham posição definida na sociedade mineradora. Esta camada causava constante inquietação aos governantes. Ela era geralmente composta por homens livres: alguns brancos, mestiços ou escravos que haviam conseguido alforria.

O Estado, percebendo a necessidade de agir junto a essa população incapaz de prover seu próprio sustento, associou a repressão à "utilidade". O encargo que eventualmente representava transformava-se, através do castigo, em trabalhos diversos e, consequentemente, em "utilidade"

Esta população, entendida como de "vadios", recrutada à força ou em troca de alimento, foi utilizada em tarefas que não podiam ser executadas pelos escravos, necessários ao trabalho da empresa mineradora. Era freqüente a ocupação destes que eram vistos como desclassificados sociais na construção de obras públicas como presídios, Casa da Câmara, entre outras. Também compuseram corpos de guarda e de polícia privada dos "Grandes" da sociedade mineradora, ou ainda empregavam-se como capitães-do-mato. Em outras situações, como na disputa pela posse da Colônia do Sacramento, participaram dos grupos militares que guardavam as fronteiras do Sul.

Os escravos, ali como de resto em toda a Colônia, representavam a força de trabalho sobre a qual repousava a vida econômica da real capitania das Minas Gerais. Vivendo mal-alimentados, sujeitos a castigos e atos violentos, constituíam a parcela mais numerosa da população daquela região.

Isto gerava uma constante preocupação para as autoridades já que, apesar da repressão cruel, não eram raras as tentativas de levantes escravos e a formação de quilombos, como o do Ambrósio e o Quilombo Grande. A destruição de ambos, em 1746 e 1759 respectivamente, não impediu que ocorressem outras fugas e a formação de novos quilombos.

- SIM, A sociedade mineradora era uma desigualdade social.

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