Pode-se contextualizar a palavra projeto como um produto com características técnico-construtivas ou com atributos gerenciais com tomadas de decisões. As partes envolvidas no projeto compreendem não somente a criação e o desenvolvimento do produto (design, arquiteto ou engenheiro) e a equipe de obras ou execução; estão envolvidos também o cliente, o patrocinador, o fornecedor e todos aquele que têm interesse no produto.
Você foi contratado por uma grande empresa para fazer uma peça de design exclusivo: uma cadeira para criança com necessidades especiais. Para essa empresa, não só o custo é relevante como também a sustentabilidade e a ergonomia. A duração da fabricação será de 10 meses e contará com cinco trabalhadores na maior parte do tempo.
Nessas circunstâncias, qual o processo de projeto que você adotaria para desenvolver o novo produto? Como a prototipagem poderia fazer parte desse processo?
Soluções para a tarefa
Resposta:
O planejamento é o principal passo para o desenvolvimento do produto. É muito importante conhecer o perfil do cliente e suas necessidades, como altura, peso e necessidades especiais, físicas ou emocionais que poderiam ser solucionadas a partir de uma proposta do produto.
Pode-se pesquisar cadeiras existentes que são validadas pelo público e que estão disponíveis no mercado (dimensões, peso, materiais, texturas, preço de mercado, preço de fabricação, tempo de execução, etc.). Lembre-se de que o seu produto deve inovar, ter um diferencial no mercado e buscar a vantagem competitiva, que será alcançada por meio do conhecimento. A partir desses dados, é possível traçar o planejamento de execução, o custo e a mão de obra necessários para a execução. Após o briefing, as escolhas do cliente e as investigações de produtos que deram certo e similares à sua proposta, parte-se para a etapa de criação. Skets ou desenhos podem fazer parte da composição, assim como protótipos de papel, não muito elaborados, para testes, análises de dimensionamento em escala e proporções, bem como a forma, a estética que se quer do produto, ou seja, um protótipo de baixa fidelidade. Assim, há desenvolvimento de ideias com a ajuda do protótipo esquemático realizado por desenhos e pela maquete física.
Em seguida, é possível simular, computacionalmente, as geometrias, as texturas e as luzes e renderizar o produto para uma aproximação real do produto final. Nessa etapa, o cliente consegue absorver as ideias e a sua proposta. É possível, ainda, realizar modelos físicos com mais detalhes, com texturas e execução próximos do que se pretende para aprovação do cliente e validação dos funcionários quanto às etapas de construção e execução, para saber se é possível cumprir os prazos, se a mão de obra é qualificada, se os produtos estão disponíveis no mercado para entrega no prazo dentro do cronograma — ou seja, um protótipo de alta fidelidade. Mediante aprovação, parte-se para a construção do produto final. Assim, o protótipo ou os experimentos são para aprender a fazer, solucionando o problema, testar para ouvir o cliente e, por fim, validar o produto; se o cliente não gostar, refazer; se o cliente gostar, finalizar a produção.