PLUFT – Mamãe!
MÃE – O que é, Pluft?
PLUFT (sempre com a boneca de pano) – Mamãe, gente existe?
MÃE – Claro, Pluft, claro que gente existe.
PLUFT – Mamãe, eu tenho tanto medo de gente! (Larga a boneca.)
MÃE – Bobagem, Pluft.
PLUFT – Ontem passou lá embaixo, perto do mar, e eu vi.
MÃE – Viu o quê, Pluft?
PLUFT – Vi gente, mãe. Só pode ser. Três.
MÃE – E você teve medo?
PLUFT – Muito, mamãe.
MÃE – Você é bobo, Pluft. Gente é que tem medo de fantasma e não fantasma que tem medo de gente.
PLUFT - Mas eu tenho.
MÃE – Se seu pai fosse vivo, Pluft, você apanharia uma boa surra com esse medo bobo. Qualquer dia desses eu vou te levar ao mundo para vê-los de perto.
PLUFT – Ao mundo, mamãe?!!
MÃE – É, ao mundo. Lá embaixo, na cidade...
PLUFT (muito agitado, vai até a janela. Pausa) – Não, não, não. Eu não acredito em gente, pronto...
MÃE – Vai sim, e acabará com essas bobagens. São histórias demais que o tio Gerúndio conta pra você. Pluft corre até um canto e apanha um chapéu de almirante.
PLUFT – Olha, mamãe, olha o que eu descobri! O que é isto?!
MÃE – Isto tio Gerúndio trouxe do mar.
(Pluft fora de cena continua a descobrir coisas, que vai jogando em cena: panos, roupas, chapéus etc.)
PLUFT – Por que tio Gerúndio não trabalha mais no mar, bem, mamã?
MÃE – Porque perdeu a graça para ele...
PLUFT – Vamos brincar, tá bem? Finge que eu sou gente. (Veste-se de franque e de cartola)
MÃE – (Sem vê-lo) Chega de fazer desordem, meu filho. Você acaba acordando tio Gerúndio. (Ela olha para o baú)
PLUFT – (Pé ante pé, chega por detrás da cadeira da mãe e grita) Uuuuh! (A mãe leva um grande susto e deixa cair as agulhas e o tricô) Eu sabia! Eu sabia que você também tinha medo de gente. Peguei! Peguei mamãe com medo de gente... Peguei mãe com medo de gente!...
MÃE – (Procurando de gatinhas os óculos e o tricô) Pluft, você quer apanhar? Como é que eu posso acabar o meu tricô para os fantasminhas pobres, se você não me deixa trabalhar?
(A mãe volta à cadeira bufando e Pluft volta à janela pensativo).
2- Pluft é um fantasminha que tem medo de gente. Qual foi a reação da mãe ao perceber o medo do filho?
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Resposta:
Você é bobo, Pluft. Gente é que tem medo de fantasma e não fantasma que tem medo de gente.~~~digamos que ela ficou assustada pel filho estar com medo das pessoas, pois segundo ela, as pessoas tem que ter medo de fantasmas e não ao contrário.
Explicação:
acho que é isso, mas verei novamente a reação dela, qualquer coisa eu mudo a minha resposta.
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