Filosofia, perguntado por Xubirumdaumdaum, 3 meses atrás

Platão, discípulo de Sócrates, destacou-se com sua Alegoria da Caverna. Em que consistia essa alegoria?

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Respondido por elisarodri
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Resposta:

Presente no livro A República, de Platão, o texto descreve uma situação metafórica, onde a sociedade se encontra aprisionada. A ideia trazida por Platão retrata uma realidade onde um certo grupo de homens era tido como prisioneiro em uma caverna durante toda vida, e por isso não conheciam outra realidade fora dali. Eles acreditavam como única realidade o que viam nas sombras das paredes das cavernas.

Alegoria vem do grego "o outro" que significa "falar em público". É uma figura de linguagem com função de uso retórico. Isso quer dizer que ela em geral transmite mais de um sentido além do literalmente exposto, tendo objetivo de passar uma ideia de forma eficaz.

Platão imaginou uma sociedade ideal, governada por reis-filósofos. Ele acreditava que seriam eles as pessoas capazes de atingir o mais alto conhecimento do mundo das ideias, que consiste na ideia do bem, atingindo o mundo luminoso da realidade e da sabedoria. Para Platão, enquanto o mundo da verdade era o mundo do conhecimento, das ideias e conceitos, o mundo sensível seria o mundo do senso comum e da opinião, tendo como base as experiências pautadas nas experiências dos sentidos humanos.

O Mito da Caverna

Um grupo de homens prisioneiros vivia amarrado desde a infância em uma escura caverna. Eles eram obrigados a ficar de costas para a luz, por isso constantemente viam nas paredes imagens de sombras que refletiam imagens do que se passava do lado de fora. Passavam por ali todos os dias homens transportando coisa e as paredes ocultavam seus corpos. Os prisioneiros só viam pelas sombras o que os homens estavam transportando. Se saíssem da caverna em algum momento e vissem as coisas como elas realmente eram, talvez não as identificassem como reais, já que eram acostumados a ver somente suas projeções. Certo dia um dos prisioneiros conseguiu escapar da caverna, sendo surpreendido por uma nova realidade. Do lado de fora ele se depara com uma luz que nunca tinha visto antes, que agride seus olhos. Ele precisa decidir se voltaria para a caverna ou ficaria do lado de fora, neste novo mundo. Com o tempo, o homem, agora livre, acostuma-se com esta nova situação. Ele considera essa realidade como iluminada e fica maravilhado, não desejando mais retornar para a prisão. Ele pensa também em seus companheiros e por isso decide revelar a realidade de fora da caverna para eles. No entanto, eles ainda presos as sombras, ridicularizam o companheiro que retornou. Nesse momento da narrativa Platão faz uma clara alusão a Sócrates, que explica o conflito entre a sombra da caverna e a luz do exterior. A Tensão aumenta até o momento em que os prisioneiros castigam o homem livre com a sua morte.

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