Filosofia, perguntado por Usuário anônimo, 8 meses atrás

plano de kiil para Stockmann em um inimigo do povo

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Respondido por Usuário anônimo
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Resposta:

"O inimigo mais perigoso da verdade é a enorme silenciosa maioria dos cidadãos."

Tomas Stockmann, médico e idealizador da estação balneária de uma pequena cidade costeira da Noruega, descobre que as águas do local estão contaminadas. Seu irmão, Peter Stockmann, prefeito da cidade, ao perceber que a revelação do médico causará uma crise na economia da cidade e, consequentemente, a desestabilização do seu governo, alia-se à imprensa e à classe média e instaura-se, então, uma verdadeira guerra de poder.

Com o desenvolvimento do enredo, o público brasileiro se depara com assuntos que estão na pauta das discussões do seu dia-a-dia: manipulação de informação, interesses partidários, jogo político, corrupção, responsabilidade pública, exercício de cidadania, dentre outros e, concomitantemente, estimula a reflexão sobre temas como "ética", "verdade", "poder", "democracia", "alienação", "produção de pensamento" e "liberdade".

Em certo momento, a encenação desloca a função da plateia e transforma o público real em habitantes da cidadezinha fictícia. "E, assim, os cidadãos de hoje passam a encarnar as personagens da história que, por corrupção, conivência e/ou alienação, declaram um homem de bem como o seu inimigo número um."(Sílvia Monte - Trecho do programa).  

"Um Inimigo do Povo" foi publicado em Copenhague, em 1882, por Henrik Ibsen (1828-1906. A estreia aconteceu em 1883, no Teatro Nacional em Oslo. A obra gerou grande repercussão e logo foi traduzida para dezenas de línguas e encenada em diversas partes da Europa. Desde sua estreia, a peça vem recebendo montagens no mundo inteiro. A adaptação mais conhecida da obra é a do dramaturgo americano Arthur Miller, escrita em 1950 para denunciar o período de "caça às bruxas" nos EUA durante a Guerra Fria, época na qual os possíveis comunistas ou simpatizantes - artistas, cientistas, intelectuais e professores - eram inquiridos, perseguidos e humilhados. Na década de 80, a tradução do inglês Christopher Hampton retoma Ibsen.

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