pessoas que utilizavam seu cargo para impor seu poder
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Mas liderança de transformação não é liderança de poder, e talvez seja essa a principal distinção que um líder deva fazer e praticar. Podemos defini-lo como uma espécie de funcionário “chave”, aquele que atua diretamente sobre a equipe de trabalho e que contribui para fazer do clima organizacional um ambiente sempre produtivo ao grupo e, consequentemente, ao andamento do negócio. Compete ao verdadeiro líder, considerando o seu cargo e qualificações, motivar e influenciar positivamente os seus liderados, buscando sempre atingir os melhores resultados e mantendo a força de vontade e a satisfação da equipe alinhadas, em sintonia com as instâncias superiores da organização.
De acordo com Leonardo de Campos, diretor da Simbiose, o líder deve alinhar os objetivos da sua equipe e conhecer um pouco sobre cada um de seus subordinados para que o resultado final seja concretizado com sucesso e atenda as necessidades da organização. “Eu comparo o papel de um líder ao de um maestro regendo sua orquestra. Ele precisa conhecer seus músicos, o virtuosismo e o potencial de cada um, precisa dar o tom, coordenar e sincronizar todos os instrumentos, motivar e inspirar os músicos para darem o melhor de si e trabalharem em equipe para conquistar o melhor resultado possível: uma linda sinfonia”, explica.
Segundo o diretor, o líder deve se esforçar para ser reflexo de um bom profissional, comprometido com suas responsabilidades e com seu papel na organização, uma vez que muitos podem se espelhar em suas atitudes e postura devido ao cargo ocupado. “É importante destacar que ele é um exemplo para toda a equipe. O líder deve estar atento à coerência entre o seu discurso e as suas atitudes, além de sempre se preocupar em ser atencioso com os demais colaboradores. Para ocupar uma posição de liderança, é preciso entender a importância que esse papel tem para a equipe”.
Antigamente, os gestores tinham um perfil mais autoritário e distante com os funcionários. Sem se preocupar com o clima organizacional, o único objetivo da empresa era atingir o maior lucro possível para bater as metas e cumprir o resultado esperado naquele período. Hoje em dia, esse quadro sofreu grandes modificações, e muito mais do que delegar atividades e acompanhar resultados, o líder deve se preocupar com o bem estar e satisfação da sua equipe, além de transmitir os valores da empresa para que consigam trabalhar com os objetivos da organização.
Rodrigo Oliveira, analista de treinamento & desenvolvimento da TMKT, acredita que a contribuição do líder é fundamental para a disseminação dos valores da empresa e isso faz com que as pessoas entendam a melhor forma de desenvolver suas atividades e apresentar resultados. “O que a empresa tem como missão, visão e valor deve ser representado pelo líder e, consequentemente, isso deve refletir na equipe. A partir do momento que todos adquirem conhecimento sobre os objetivos da empresa e o líder abre esse espaço, ele consegue que as pessoas entendam qual o papel de cada um dentro da organização, tornando o trabalho mais valorizado e prazeroso. Então, resumindo, o papel do líder é saber, através das suas ações, contribuir para a disseminação dessa cultura”, define.
Além disso, Rodrigo acredita que o líder deve saber desempenhar seu papel com certa autoridade, mas também deve perceber o momento certo de mudar sua postura. Para o analista, cada situação exige uma atitude e forma diferente de liderança. “Eu acredito que hoje a gente caminha para um liderança mais situacional do que em determinados momentos que o líder precisa mandar, e isso tem que acontecer porque é sadio, é o exercício do crachá mesmo. Mas, existe outro momento em que ele tem que ser parceiro e companheiro, mas não no sentido de passar a mão na cabeça, mas de orientar, falar a verdade e buscar soluções plausíveis”.