Pessoal me ajudem por favor!! Tenho que entregar esse trabalho amanhã.
Propor um projeto de intervençã, na escola para conscientizar e prevenir focos de racismo, é necessário conter: justificativa, objetivos e resultados esperados.
Soluções para a tarefa
“É como uma poeira, a gente não vê ela penetrar, mas ela penetra em todos os cantos, está em todos os lugares. O racismo não nos permite descansar em nenhum momento”, diz a psicóloga e psicanalista Maria Lúcia Silva, autora de “O racismo e o negro no Brasil - questões para a psicanálise”. Dentro e fora de seu consultório, ela trabalha para que sejam reconhecidos os efeitos psíquicos da discriminação racial ainda pouco discutidos, como os traumas, ansiedade, crises de identidade e depressão que podem resultar dela. Mas, ainda há dificuldade em assumir o racismo e suas consequências no Brasil. Uma pesquisa do Datafolha realizada em 1995 ficou famosa ao mostrar que 90% dos brasileiros admitiam que existe preconceito de cor no Brasil, mas 96% dos entrevistados se identificavam como não racistas. Ela ilustra em números como, aqui, o racismo é velado. Mas afinal, é possível revertê-lo?
A desconstrução do racismo não é algo automático, como desligar um botão, mas pode ser trabalhada, tanto nas escolas como fora delas. “A partir do momento em que você percebe que o racismo é uma construção social e que você está inserido nesse mundo e em algum grau faz parte disso, acho que pode haver uma consciência racial. O letramento racial atua neste sentido. Contudo é preciso pensar em práticas anti-racistas no dia-dia, a conscientização é só o primeiro passo”, afirma Lia Vainer Schucman, doutora em Psicologia Social e autora do livro “Entre o encardido, o branco e o branquíssimo: branquitude, hierarquia e poder na cidade de São Paulo”.Assim como o letramento convencional é um conceito utilizado nas escolas para pensar como alunos aprendem e incorporam os símbolos da leitura e da escrita, no letramento racial é analisado como aprendemos e usamos os signos e símbolos do racismo, para então desconstruí-los. O termo “letramento racial”, trazido para o Brasil por Lia, vem de “Racial Literacy”, conceito cunhado pela antropóloga afro-americana France Winddance Twine, que refere-se a um conjunto de práticas. Dentre elas estão a compreensão de que o racismo é um problema atual, e não apenas histórico, e que as identidades raciais são aprendidas. A partir disso, é possível aprender um vocabulário racial que facilita a discussão de raça, racismo e anti-racismo; interpretar os códigos e práticas racializadas e analisar as formas em que o racismo é mediado por desigualdades de classe, hierarquias de gênero e heteronormatividade.
Para trabalhar o letramento racial, o primeiro passo é assumir o racismo. Isso implica em, por um lado, admitir nossa história, e por outro, reconhecer que brancos têm privilégios. Muitas vezes, esses privilégios podem parecer banais e passar despercebidos. Mas, na sociedade brasileira, uma série de barreiras impede que negros tenham as mesmas oportunidades, gerando um viés racial nas desigualdades – leia mais sobre isso aqui.
O racismo parte do falso pressuposto de que os brancos são superiores do ponto de vista moral, intelectual e estético. “A identidade racial branca passa a existir com a categoria de raça, construída pela pseudociência do século 19. A ideia era de que qualquer corpo físico teria uma continuidade moral, psíquica, intelectual e estética, e estes atributos seriam herdados geneticamente", afirma Lia.
As palavras e os discursos são importantes armas na reprodução do preconceito racial. “O racismo faz parte do nosso cotidiano, dos nossos gestos e das nossas palavras. Na língua, isso se manifesta de modos distintos, e em função do tabu existe uma tendência ao silenciamento”, diz Iracema Santos do Nascimento, consultora e pesquisadora na área de linguagens e educação. Assim, palavras e expressões racistas, como “cabelo ruim”, “denegrir” ou “a coisa tá preta”, são tão internalizadas que passam despercebidas, e dão continuidade ao ciclo do racismo.
n sei se vai te ajudar nisso...