Pesquise uma música nativista ou tradicionalista e escreva sua letra completa. Essas músicas apresentam palavras desconhecidas para nós. Você terá que fazer um glossário (legenda) das palavras desconhecidas e seus significados.
Você deverá postar o trabalho contendo: Nome da música/ grupo Letra da música Glossário (legenda) das palavras desconhecidas.
Soluções para a tarefa
Música tradicionalista Gaúcha (Rio Grande do Sul)
Nome da música: Boi Barroso
Dupla: Kleiton e Kledir
Letra:
Eu mandei fazer um laço
Do couro do jacaré
Pra laçar meu boi barroso
No cavalo pangaré
Eu mandei fazer um laço
Do couro da jacutinga
Pra laçar meu boi barroso
Lá no alto da restinga
Adeus priminha que eu vou-me embora
Não sou daqui, eu sou lá de fora
Meu boi barroso, meu boi pitanga
O teu lugar, ai, é lá na canga
Meu cavalo malacara
Tem andar de saracura
Não tropeça e nem se espanta
Viajando em noite escura
Hoje é dia de rodeio
De churrasco e chimarrão
Venham ver a gauchada
Reunida no galpão
Adeus priminha...
Eu mandei fazer um laço
Do couro do jacaré
Pra laçar meu boi barroso
No cavalo pangaré
Eu mandei fazer um laço
Do couro da jacutinga
Pra laçar meu boi barroso
Lá no alto da restinga
Eu mandei fazer um laço
do couro da capivara
Pra laçar meu boi barroso
No cavalo malacara
Eu mandei fazer um laço
Do couro do graxaim
Pra laçar meu boi barroso
Mas só lacei o capim
Adeus priminha..
Glossário com as palavras sublinhadas:
Boi Barroso: Toada gaúcha muito popular em que se exaltam as qualidades de um boi desse pelo. São muitas as quadras escritas a respeito de tal boi, a maioria de autores desconhecidos.
Cavalo Pangaré: Diz-se do cavalo ou do muar cujo pelo é de tom vermelho amarelado, semelhante ao pelo do veado, de intensidade variável, mostrando-se esbranquiçado, parecendo ser desbotado no focinho, no baixo-ventre, na garganta, no sovaco e nas virilhas, dando a impressão de que essas regiões foram submetidas à ação prolongada da água. Esse pelo é também definido como mais claro que o douradilho; castanho claro puxando a baio. Cavalo ruim; matungo (embora os animais deste pelo sejam excelentes).
Jacutinga: A jacutinga, também chamada jacuapeti, jacupará e peru-do-mato, é uma ave da família dos cracídeos que habita as florestas virgens das regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Mede cerca de 75 cm, alimenta-se de frutos e bagas; sendo, até as décadas de 1950 e 1960, relativamente comum nesse habitat.
Restinga: A restinga é um espaço geográfico formado sempre por depósitos arenosos paralelos à linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha, podendo ter cobertura vegetal em mosaico.
Canga: Jugo, peça de madeira encurvada, simples ou dupla, que se coloca no cachaço dos bois de carro.
Cavalo Malacara: Geralmente cavalos vermelhos que tiverem, à frente da cabeça, uma mancha vertical, dos olhos até o focinho (outros pêlos que tiverem a mesma macha normalmente não são tratados como Malacara).
Saracura: Expressão para dizer que alguém tem pernas finas, ou também, uma ave da família dos Rallídeos, que inclui muitos gêneros e espécies. Habita regiões pantanosas, margens de rio e lagos, têm pés longos com dedos muito compridos, para facilitar a locomoção sobre a vegetação flutuante. As asas são curtas e arredondadas , pois esta ave se desloca mais em terra, porém pode voar muito bem, mas tenta não fazê-lo. É uma ave de índole inquieta e se movimenta sem parar; tem hábito alimentar onívoro.
Couro do Graxaim: O graxaim-do-campo é um mamífero carnívoro da família dos canídeos endêmico da América do Sul, sendo encontrado preferencialmente nos campos úmidos da Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina, e sul do Brasil. Também é conhecido como raposa-dos-pampas, guaraxaim e sorro.