História, perguntado por vilelaclara012, 9 meses atrás

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Respondido por Usuário anônimo
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Resposta: Em um contexto de incertezas, retrocessos e cancelamento de diversas políticas públicas no país, o Conselho Estadual dos Direitos Indígenas (CEDIND-RJ) instituído em 2018 será realizado no Parque na sexta-feira, dia 20 de dezembro de 2019. A biblioteca está localizada no centro do Rio de Janeiro, este é o último encontro do ano. Participaram do encontro lideranças de oito (oito) aldeias cariocas das tribos Guarini e Patasso, localizadas em Maricá, Angra dos Reis e Paraty. município, além de órgãos públicos federais, estados, e 3 prefeituras e representantes de movimentos sociais.

Segundo o Censo do IBGE (2010), existem cerca de 15.000 pessoas no Estado do RJ, esta equipe é formada por indígenas residentes em áreas rurais e de diferentes raças, que se autodenominam indígenas residentes em meio urbano.

Ao longo deste ano, como membro suplente do CEDIND-RJ onde atuo como representante da Rede GRUMIN, que é uma organização fundada e presidida pela renomada e criativa escritora Eliane Potiguara, estive presente aos encontros realizados pelo Conselho nas diversas aldeias, onde tive a oportunidade de conhecer parte dos territórios, lmodo de vida e de participar de um processo dialógico singular.

Uma satisfação particular, foi a oportunidade histórica de conhecer um pouco de suas lutas de resistência que são norteadas, de acordo com o “tempo guaraní” pela cosmovisão destes povos. Também chama a atenção o estágio de conservação ambiental dos territórios em que vivem, o que é fruto da relação de respeito destes povos pela natureza. Na sua cultura ancestral, o sagrado é a terra, a água, a floresta e os animais (como a onça pintada, espécie ameaçada de extinção em grande parte do país que ainda hoje está presente na região da Costa Verde) que precisam ser cuidados e preservados por parte de todos, como ensinaram os relatos emocionantes que ouvi diretamente dos caciques Miguel Benites de 119 anos de idade, da aldeia Itaxin Paraty-Mirim, e por Agustinho de 99 anos, da comunidade Araponga, ambas de Paraty. Esta rica vivência que se insere no contexto do resgate de minha ancestralidade indígena, me leva à fazer um balanço crítico e bastante preocupante sobre o estágio atual das políticas públicas que encontram-se de um modo geral esvaziadas, sem norte político e principalmente sem dispor de recursos orçamentários para sua execução no curto prazo.

Neste sentido, os principais problemas identificados nas aldeias do Estado do Rio de Janeiro concentram-se nas áreas de educação, saúde, saneamento, segurança alimentar e geração de renda, além da paralisação da demarcação de terras.

Por sua vez, faltam políticas de habitação e emprego no meio urbano. A reforma e restauração da antiga prefeitura (Aldeia Maracanã) e seu destino são o centro de referência da cultura nacional primitiva e a fundação dos primeiros povos. As universidades indígenas do país não saíram da tese até hoje.

Esta é a minha análise dos principais problemas identificados pelo CEDIND-RJ este ano. Esses problemas se devem à falta de poder público. Essas áreas são invisíveis na história e exigem a adoção imediata de várias políticas departamentais:

. Educação indígena: Jovens e crianças indígenas de Angra e Paraty voltarão a se ausentar este ano por conta do absurdo e ilegal engavetamento (paralisação) do processo de contratação de professores indígenas pela Secretaria Nacional de Educação, que está paralisada desde 2015. Geralmente, essas aldeias não têm comida escolar para as crianças.

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