História, perguntado por ghetfernando, 10 meses atrás

Pesquise sobre o racismo como pilar da intolerãncia religioa

Soluções para a tarefa

Respondido por ninguemp9
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Resposta:

Brasil, um país laico, porém racista e retrógrado.

Se você é pobre, preto e periférico já deve ter imaginado como é difícil debater racismo no Brasil. Ainda que invisível, ele existe. Podemos identificar várias formas racistas e preconceituosas existentes na sociedade, uma delas é intolerância religiosa. A abolição da escravidão no Brasil aconteceu tardiamente e por consequência desta há mais do que imaginávamos por trás de tanta desigualdade social, política e financeira.

Quando falamos de racismo estrutural, abre-se um leque de conceitos e didáticas que podemos discutir. As religiões de matriz africanas são vistas como algo ruim, perverso, atroz, desumano e cruel.

Essa repulsa, aversão e ignorância sobre as religiões vêm de uma superioridade exacerbada do Cristianismo. Uma religião implantada e unificada no Brasil, excluindo e anulando a cultura local aborígene.

As religiões dos povos negros veio em meio à escravidão, com o tráfico negreiro. Chegando aqui, encontrou um Brasil colonizado por portugueses, adeptos ao Cristianismo. Para não serem mortos por cultuar sua religião matriz, associaram o candomblé ao catolicismo, criando então a umbanda, uma religião voltada para a prática da caridade.

A intolerância religiosa é tida como crime de ódio no Brasil, porém essa lei não tem nenhum comprometimento com a realidade do dia a dia dos candomblecistas. Não restam dúvidas de que esse preconceito é uma tentativa de excluir uma era de resistência dos escravos do Brasil.

A religião, é sem dúvida, um ato político em seu sentido histórico. Dentre vários outros fatores que precisam enfrentar, a agressão física é a mais difícil. Um terreiro de Umbanda em Ribeirão Preto foi atacado com bombas, tiros e pedradas. Um dos integrantes teve a boca e os dentes dilacerados. Mas nunca será noticiado. A dor preta não importa. A mulher negra vestida de branco com sua vela na mão ou a oferenda destruída numa encruzilhada não afetarão essa sociedade doente, racista e retrógrada.

Precisamos enxergar o racismo frente a frente. Entender que o racismo religioso existe é o primeiro passo para termos um debate centralizado e coerente. Esse crime que parece ser invisível aos nossos olhos está sempre presente no cotidiano do povo negro.

Se você é branco, cristão e defensor da moral e dos bons costumes, o seu papel é nos dar apoio moral, político e social. O chão que vocês pisam foi construído com o sangue e o suor dos meus ancestrais, vocês nos devem respeito e empatia. Não é mi-mi-mi, é consciência racial, é dívida histórica.

Explicação:

espero ter ajudado

Respondido por lizdias11
2

A intolerância com as religiões afro-ameríndias é um retrato do racismo cultural presente desde o tempo da colonização.  

O Brasil tenta apagar 400 anos da sua história, apagar elementos que ajudaram na construção do país.  

Esse apagamento da cultura das pessoas trazidas da África e do povo nativo foi uma missão iniciada com os Jesuítas e que é feita até hoje.  

O dia foi escolhido em homenagem à Iyalorixá Mãe Gilda de Ogum, que faleceu em 2000, vítima de um infarto por ver o seu terreiro ser atacado e outros seguidores agredidos.  

A história da Mãe Gilda de Ogum reflete o que milhares de pessoas passam e o quanto é preciso debater sobre a laicidade do Estado.  

O Brasil tenta apagar 400 anos da sua história, apagar elementos que ajudaram na construção do país.  

Esse apagamento da cultura das pessoas trazidas da África e do povo nativo foi uma missão iniciada com os Jesuítas e que é feita até hoje.  

Em fevereiro deste ano, por exemplo, o The Intercept publicou uma matéria sobre um pastor que está na Funai para converter índios que vivem em terras isoladas.  

Por outro lado, vemos culturas não-cristãs europeias, como Nórdica e Grega, sendo aceitas e seus deuses até como heróis em filmes – Thor, Hércules, Perseu, Loki etc.  

Por este motivo, a maior parte da população acaba não conhecendo realmente os costumes, tradições e dogmas destas religiões.

Espero ter ajudado, Gabi!

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