Química, perguntado por natanaelsebastiao100, 8 meses atrás

Pesquise sobre o preconceito contra a mulher na ciência no século XXI e escreva se houve avanço em relação às mulheres consideradas “invisíveis” mencionadas no texto acima. Aponte estratégias para romper o preconceito e evidencie a ampliação da participação das mulheres no cenário e decisões que sejam importantes para a sociedade.

Soluções para a tarefa

Respondido por gsamuelgomes021
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Resposta:

O artigo aborda a trajetória acadêmica e profissional de mulheres na ciência. A produção de entrevistas com mulheres cientistas atuantes em universidades públicas e numa instituição de pesquisa do Rio Grande do Sul constitui o corpus de análise deste estudo. Na análise, chamamos a atenção para o poder que atravessa as relações sociais constituindo identidades e diferenças que geram preconceitos de gênero. Nas narrativas, emergiu a negação do preconceito, o reconhecimento de "brincadeiras" sexistas que não são percebidas como preconceito, e situações explícitas de preconceito de gênero. Outro aspecto evidenciado refere-se à necessidade de conciliar a profissão com as responsabilidades familiares, que implicou jornadas parciais de trabalho, o adiamento ou recusa da maternidade. No artigo, argumentamos que a trajetória das entrevistadas na ciência foi e é construída em um ambiente baseado em valores e padrões masculinos, que restringem, dificultam e direcionam a participação das mulheres na ciência.

Explicação:

Respondido por patosagrado30
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Olá,

um estudo realizado em 2018 pela consultoria McKinsey mostra que as empresas que trabalham com diversidade possuem um meio mais inovador e são mais propensas a ter lucratividade. Porém, para a cientista Marcia Barbosa, neste momento estamos fazendo o caminho inverso.

Segundo ela, para sair dessa crise é preciso ter diversidade no ambiente de trabalho. Mais diversidade significa mais eficiência, que é o que precisaremos para sair da crise.

Culturalmente é ensinado que “os meninos mexem com mecânica e as meninas cozinham”, relatou Fernanda Checchinato. Há muitas barreiras para as mulheres, tanto na ciência quanto na área de exatas como um todo. Há muito preconceito enraizado na sociedade, que deve ser combatido.

Zélia Ludwig diz que ser mulher e negra na área de exatas é muito difícil. Para que isso mude, é preciso construir iniciativas que incentivem mulheres a tomarem seus lugares na ciência.  

Zélia desenvolve um projeto com meninas negras nas comunidades. Nesse projeto, ela e a equipe levam experimentos científicos até às crianças, além de oferecerem conversas, palestras e passeios para conhecerem a universidade.

“As crianças precisam se sentir valorizadas e para isso precisam ter oportunidades. (…) É preciso escutar e agir. As mulheres estão aqui para ampliar o conhecimento. A ciência deve ser divulgada, para que os outros vejam e sintam vontade de participar, de ocupar o espaço.”

No Brasil, metade das universitárias já sofreu assédio, sendo que quase 30% delas já passaram por violência sexual durante a vida acadêmica. Os números alarmantes revelados pela pesquisa de 2015 do Instituto Avon/Data Popular mostram apenas um lado de um modelo cultural reproduzido até mesmo num ambiente que deveria ser o lugar da diferença e da diversidade. Em vez de ser um espaço plural, a universidade se revela também o lugar do preconceito implícito à mulher no que diz respeito à progressão na carreira acadêmica e científica, conforme demonstrou o debate As Mulheres na Universidade e na Ciência: Desafios e Oportunidades, realizado no dia 15 de setembro, no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. O encontro foi uma realização do Consulado Geral da França em São Paulo, do Institut Français no Brasil, do USP Mulheres e do IEA.

“Muito dessa discussão está associado ao poder da mulher, ou ao conflito de poder em relação aos homens e às implicações sociais, culturais e políticas disso. Na esfera privada e na pública, as mulheres não são admitidas de boa vontade nos domínios do poder. Mesmo nas grandes democracias, o poder se conjuga no masculino, em pleno século 21”, disse a conferencista Leila Saadé, presidente da Rede Francófona de Mulheres Responsáveis pelo Ensino Superior e Pesquisa (Resuff, na sigla em francês).

“Não podemos querer um mundo melhor onde metade da população está num cantinho escondido do planeta. Se as mulheres estão lutando para chegar ao cume dos postos de responsabilidade, e se efetivamente isso acontecer, ao fazermos isso estamos oferecendo um presente à democracia, pois lutamos pelo triunfo de um conjunto de valores que fundaram as democracias, ou seja, o princípio da igualdade de direitos, que inclui a igualdade de oportunidades também”

Espero ter ajudo <3


Noorna: Não um pouco grande? (além de fugir do contexto da pergunta)
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