Pesquise sobre a história da visita dos japoneses às fábricas da (Ford) após a Segunda Guerra Mundial e em seguida, elabore um texto descrevendo quais foram as características encontradas nas fábricas da (Ford) pelos enviados japoneses da Toyota, as medidas e os princípios adotados pelos japoneses em suas fábricas
Soluções para a tarefa
Os japoneses realizaram visitas às fábricas da Ford tempos após a Segunda Guerra Mundial, durante o período de reconstrução da infraestrutura, da indústria e da economia do país.
O fundador da Toyota visitou as instalações norte-americanas em meados da década de 1950 e ficou impressionado com a escalabilidade da produção e grandeza das instalações, percebendo que o modelo baseava-se na geração de estoques.
Foi então que Eiji Toyota vislumbrou a possibilidade de utilizar tecnologias de linha de montagem de veículos de uma forma nova, a partir da produção sob demanda ao invés da superprodução, que gerava estoques e custos.
Resposta:
As medidas e principios mais importantes do sistema Toyota que foram aplicados são: eliminação de desperdícios e fabricação com qualidade, para que assim pudesse minimizar os desperdicios encontrados nas fabricas e também otimizar a forma de trabalho e qualidade das empresas Ford.
O princípio de eliminação de desperdícios que era aplicado a fábrica, constitui a produção enxuta, também conhecida como lean production, consiste em fabricar com o máximo de economia de recursos. O princípio da fabricação com qualidade objetiva produzir sem defeitos, que também é uma forma de eliminar desperdícios.
Além dos dois princípios citados acima a Toyota também tem um terceiro principio que é essencial para o funcionamento dos outros dois, que é o comprometimento e envolvimento dos funcionários ao lado da fabricação com qualidade e da eliminação de desperdícios. Segundo Maximiano (2005) dois dos criadores da Toyota (Toyoda e Ohno) concluíram que o principal produto era o desperdício de recursos – esforço humano, materiais, espaço e tempo. Fábricas gigantescas, pilhas de materiais em estoque, grandes espaços vazios; o sistema Ford desperdiçava, inclusive, e principalmente, recursos humanos. Os recursos deveriam ficar em estado de prontidão, para cumprir o programa de trabalho com segurança e lidar com as emergências, essa era a filosofia do just in case (expressão que significa por via das dúvidas ou só para garantir). Segundo os manuais da Toyota, os desperdícios podem ser classificados em sete tipos:
• Tempo perdido em conserto ou refugo.
• Produção além do volume necessário ou antes do momento necessário.
• Operações desnecessárias no processo de manufatura.
• Transporte.
• Estoque.
• Movimento humano.
• Espera.
Depois de eliminar ou reduzir os desperdícios, o que sobra são os esforços para agregar valor ao produto. Diminuindo os desperdícios diminui os custos de produção sem comprometer o valor final do produto para o cliente.
O Sistema Toyota aplica três ideias principais para eliminação de desperdícios: racionalização da força de trabalho, just in time e produção flexível. A racionalização da força de trabalho da Toyota consistiu em agrupar os operários em equipes com um líder para cada equipe, líder esse que tinha a função de coordenar o grupo e substituir qualquer funcionário que faltasse. O método just in time consiste em reduzir o mínimo o tempo de fabricação e os estoques, produzirem somente o que é necessário na hora certa com produto certo. Para conseguir esse feito os fornecedores tinham que entregar o suprimento no momento exato, isso levou a Toyota a desenvolver parcerias com poucos fornecedores, para fortalecer a cadeia de suprimentos.
Produção flexível consiste em fabricar somente o que era demanda dos clientes, fabricar em pequenos lotes. A produção flexível da Toyota opõe-se a filosofia ocidental de fabricar lotes de grandes quantidades utilizando máquinas dedicadas. Segundo Maximiano (2005) Ohno (um dos criadores da Toyota) treinou os operários para que eles próprios fizessem as mudanças, varias vezes ao dia, dos moldes das prensas que fazem a lataria dos veículos. No final da década de 50, a Toyota havia conseguido fazer a mudança dos moldes das prensas em três minutos, ao passo que no resto do mundo o processo tomava um dia inteiro. O processo ficou conhecido como produção flexível.
A fabricação com qualidade tem três elementos: fazer certo da primeira vez, corrigir os erros em causas fundamentais e círculos de qualidade. Após descobrirem os erros e parar a produção, os trabalhadores deveriam analisar sistematicamente cada erro e perguntar sucessivamente o “por quê”, até chegar a causa fundamental, esse método foi chamado de “5 whys”, os “cinco por quês”, dessa forma o problemas diminuíram bastante. Praticamente o Sistema Toyota de Produção teve como alicerce o método just in time, o kanban e o kaizen.
Como falado anteriormente o Just in time tem como princípio estoque mínimo possível, segue a filosofia de que “quando for necessário estará pronto”. O Kanban é um sistema de informação que controla a quantidade de produção em todos os processos, sempre indica o que produzir, quando e quanto produzir. O Kaizen por sua vez é um meio de melhoria contínua, para o kaizen sempre é possível melhorar, tanto na estrutura, quanto no indivíduo.
Explicação: