Pesquise informações sobre a situação dos trabalhadores na época em que Tarsila do Amaral pintou o quadro Operários. Em seguida, escreva um texto comparando , pelo menos, quatro semelhanças ou diferenças entre a situação vivida por eles e a situação vivida pelos trabalhadores
(preciso pra até 12:00)
Soluções para a tarefa
Resposta:
A tela Operários pode ser considerada um dos melhores registros do período de industrialização brasileira (especialmente do Estado de São Paulo). Tratou-se de um momento histórico marcado pela migração de trabalhadores, uma classe ainda muito vulnerável e explorada, sem acesso a leis que a defendesse propriamente.
Tarsila imortaliza em seu quadro as feições dos trabalhadores das fábricas. Chama a atenção o fato das faces serem bastante distintas: existem trabalhadores de todas as cores e raças representados lado a lado. É de se sublinhar que, apesar das diferenças, todos carregam no semblante feições extremamente cansadas e desesperançadas.
São cinquenta e um rostos, muitos deles sobrepostos, todos sem o corpo registrado. Essa mistura de trabalhadores exibidos em sequência aponta para a massificação do trabalho. Os operários olham todos na mesma direção, - para frente - e não estabelecem qualquer contato visual uns com os outros. A disposição dos trabalhadores, em um formato crescente, de pirâmide, permite que se veja a paisagem ao fundo: uma série de chaminés cinzentas de fábricas.
Alguns dos rostos são conhecidos do grande público, como, por exemplo, o arquiteto Gregori Warchavchik e a cantora Elsie Houston, outros são conhecidos apenas pela pintora, caso de Benedito Sampaio, o administrador da fazenda da família.
Explicação:
O cenário não era dos mais favoráveis, o quadro Operários foi pintado um pouco após a grande crise econômica de 1929, que abalou o mundo. No Brasil, reinava o período da Era Vargas e o quadro é um retrato da industrialização paulistana.
Em termos pessoais, Tarsila perdeu parte do seu patrimônio financeiro. Em 1931, vendeu alguns quadros que tinha em sua coleção pessoal e viajou para a União Soviética. Foi apresentada ao socialismo pelo então namorado, o psiquiatra Osório César.
Quando voltou da União Soviética esteve presa durante um mês devido a sua simpatia com a ideologia socialista, Tarsila engajou-se na Revolução Constitucionalista de 1932.
Impactada com a descoberta ideológica, com a sua própria situação pessoal e financeira (Tarsila chegou a trabalhar para comprar a sua passagem de volta ao Brasil), a pintora filiou-se ao comunismo antes de criar o quadro Operários.