pesquise e explique o movimento dos caras pintadas e também o que levou ao impedimento de Fernando Collor de Mello
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Resposta:
Collor foi eleito presidente do país em 1989, após 29 anos sem eleição direta. Ele venceu o segundo turno com 42,75% dos votos, contra Luis Inácio Lula da Silva. O país estava em crise econômica, caracterizada por uma hiperinflação de 1700% ao ano e muita instabilidade econômica.
Para conter a crise, o presidente lançou o Plano Collor. Entre as medidas do plano econômico estavam: substituição da moeda “cruzado novo” pelo “cruzeiro”, congelamento de preços e salários, demissão de funcionários públicos, liberação da taxa do dólar, extinção de institutos governamentais e aumento de preços de serviços públicos.
Uma das medidas que mais gerou revolta na população foi o congelamento das contas bancárias com mais de 50 mil cruzados novos por 18 meses, bloqueando o dinheiro de pessoas e empresas.
O Plano Collor fracassou e a economia entrou em colapso. As medidas geraram desemprego, quedas nas vendas, falências e demissões. Para piorar e deixar a população ainda mais revoltada, surgiram escândalos de corrupção envolvendo o presidente.
Na tentativa de acalmar a população diante da grave situação, Collor fez um discurso no dia 13 de agosto e pediu para que os brasileiros saíssem às ruas vestidos com as cores da bandeira do Brasil em forma de apoio ao governo.
Em resposta, milhares de estudantes saíram às ruas, mas vestidos de preto e pintados da cor da bandeira e pedindo o impeachment de Collor. Desde maio, as organizações União Nacional dos Estudantes (UNE) e na União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) promoviam reuniões com os estudantes.
Eram estudantes que haviam lutado contra a Ditadura Militar anos antes e que, em agosto 1992, saíam às ruas contra a corrupção política e imoralidades do governo. Eles agitavam faixas com os dizerem “Fora Collor!” e “Abaixo a Corrupção” e entoavam músicas compostas durante o Regime Militar, como “Alegria, Alegria” e “Pra não dizer que falei das flores”.
Com os protestos, vários pedidos de protestos chegaram ao Congresso. A Câmara dos Deputados aceitou os pedidos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e iniciou o processo de cassação de mandato. Entretanto Collor renunciou à presidência antes do impeachment, sendo substituído por seu vice, Itamar Franco, em 1992.
Depois de 1992, o movimento estudantil protagonizou outros episódios de protestos, como as manifestações de 2013, contra o governo Dilma, que também ficaram conhecidas como os caras-pintadas de 2013.
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