Filosofia, perguntado por crys65, 1 ano atrás

Pesquise e explique como Descartes compreende os sonhos?
PFV me ajudam é urgente

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Respondido por anajuliacaram
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Todos nós já tivemos sonhos vívidos o suficiente que, enquanto estávamos dormindo, não podíamos identificar se estávamos sonhando ou estávamos acordado. Só descobrimos que aquilo era um sonho quando enfim acordamos. Se você já sonhou que estava caindo de um prédio e acordou assustado na cama, você sabe muito bem como é isso! O Descartes então pergunta: Como podemos saber se não estamos sonhando? Quando um sonho é muito vívido, nós só descobrimos que estamos sonhando quando acordamos. Mas e se estivéssemos sonhando agora. Todas as sensações que temos nos pareceriam vívidas de tal modo que não poderíamos saber se estamos ou não sonhando, e teríamos de esperar acordar. Vejamos as palavras do Descartes:

“Em verdade, com que frequência o sono noturno não me persuadiu dessas coisas usais, isto é, que estava aqui, vestindo essa roupa, sentado junto ao fogo, quando estava, porém, nu, deitado entre as cobertas! Agora, no entanto, estou certamente de olhos despertos e vejo este papel, e esta cabeça que movimento não está dormindo, e é de propósito, ciente disso, que estendo e sinto esta mão, coisas que não ocorreriam de modo tão distinto a quem dormisse. Mas, pensando nisso cuidadosamente, como não recordar que fui iludido nos sonos por pensamentos semelhantes, em outras ocasiões! E, quando penso mais atentamente, vejo do modo mais manifesto que a vigília nunca pode ser distinguida do sono por indícios certos, fico estupefato e esse mesmo estupor quase me confirma na opinião de que estou dormindo.”
(Meditações Sobre a Filosofia Primeira – Primeira Meditação – René Descartes)

Se aceitarmos isso como razoável, colocamos em dúvida todas os nossos sentidos de uma só vez. Poderíamos, muito bem, estar em um sonho tão vívido que seríamos incapaz de distinguir o que é sonho e o que é realidade. Só disso ser possível abrimos brecha para argumentos céticos. Então, de acordo com o método do Descartes, não podemos confiar em nossos sentidos. O que vemos, o que ouvimos, o que sentimos ao tocar ou provar alguma coisa, o que podemos dizer sobre o mundo externo à nossa mente. Tudo isso é posto em dúvida. Sendo assim, grande parte do nosso conhecimento está em maus lençóis, pois os argumentos céticos colocaram todas as justificações que temos para esses conhecimento em cheque. Mas tudo, é isso que Descartes quer. Ele quer eliminar tudo o que podemos pôr em dúvida e encontrar uma fonte segura.


crys65: obg você me salvo
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