pesquise a respeito dos principais conflitos pela terra no sudeste paraense
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Resposta:
Há 25 anos lutando pela reforma agrária, Izabel Rodrigues Lopes Filho, dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), acredita que, mesmo tendo perdido muitos companheiros no passado, assassinados por representantes do agronegócio, o atual período é o pior para os movimentos do campo.
“O momento mais marcante foi Eldorado dos Carajás, mas, em termos de dificuldades na luta pela terra e pela reforma agrária, agora está pior, com o governo Temer retirando o orçamento do Incra [Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária], desmanchando o Ministério do Desenvolvimento Agrário [MDA] e a Ouvidoria Agrária Nacional, além de não estar disposto a criar assentamentos”, opinou.
1) A luta pela posse da terra, no Sudoeste, tem dois marcos fundamentais: a Revolta de 1957 e os conflitos da década de 1980. A primeira confrontou o “capital comercial, envolvido com a comercialização de títulos de terra e da madeira”, com os agricultores familiares - ou camponeses posseiros - e moradores urbanos. O segundo confrontou os “agricultores familiares, minifundistas e sem terra, com o capital industrial e comercial, principalmente das áreas da madeira e da pecuária”.
2) A Revolta de 1957 ocorreu num contexto agrário nacional onde predominava a inércia de um governo de orientação economicista e tecnocrática, denunciado por segmentos expressivos da Igreja Católica, intelectuais, estudantes, operários e a própria imprensa.
3)Em 1984 e 1985, o Movimento dos Agricultores Sem Terra do Sudoeste do Paraná (MASTES), já estruturado e atuante em nove municípios da região, coordenou grandes manifestações - atos públicos e passeatas -, seguidas de ocupações de terra e acampamentos, envolvendo 1.881 famílias de sem terra - em torno de 10 mil pessoas.