—pesquisar sobre o historico de vida de Rudolf labam como ele chegou á conclusão de que os movimentos possuem 4 fatores também vdeveconter os trabalhos que ele realizou
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Resposta:
Laban, inicialmente estudou Arquitetura na "Escola de Belas Artes de Paris", interessando-se pela relação entre o movimento humano e o espaço que o circunda. Aos 30 anos mudou-se para Munique e sob a influência seminal do dançarino/coreógrafo Heidi Dzinkowska passou a se dedicar à arte do movimento.
Em 1915 Laban criou o Instituto Coreográfico de Zurique, que teve ramificações na Itália, na França, e na Europa central.
Em 1928 publica "Kinetographie Laban", uma de suas grandes contribuições para o mundo da dança e da compreensão do movimento. Neste livro articula os princípios da "Labanotation" um dos principais sistemas de notação de movimento utilizados atualmente.
Suas teorias sobre o movimento e a coreografia estão entre os fundamentos principais da Dança Moderna e fazem parte de todas as abordagens contemporâneas da dança.
Além de seu trabalho criativo e de análise da dança, Laban também se dedicou à realização de propostas de dança para as massas do corpo, desenvolvendo com esta finalidade a arte da Dança coral onde grande número de pessoas se movem juntas segundo uma coreografia de estrutura simples, porem instigante, que permita bailarinos e pessoas leigas dançarem juntas de forma colaborativa.
Este aspecto de seu trabalho se relaciona intimamente com suas crenças espirituais pessoais, baseadas numa combinação da Teosofia Vitoriana, do Sufismo e do Hermetismo popular no final do século XIX. Em 1914 aderiu ao "Ordo Templi Orientis" e compareceu à sua conferência de 1917, no Monte Verita, em Ascona, onde realizou workshops popularizando suas idéias e seus pensamentos.
De 1930 a1934 foi diretor da "Allied State Theatres" em Berlim.
Em 1937 foge do Nazismo indo para Manchester.
Na Inglaterra redirecionou o foco de seu trabalho para a industria, estudando o tempo e a energia despendida para realizar as tarefas no ambiente de trabalho. Tentou desenvolver métodos que auxiliassem os operários a se concentrar nos movimentos construtivos necessários para a realização de seu trabalho. Laban Continuou a ensinar e a realizar pesquisas no país até a sua morte.
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Junto com o industrial F.C. Lawrence, desenvolveu uma metodologia de análise do movimento - "Effort-Study" (estudo dos esforços). Esta abordagem, apesar de ter sido direcionada primeiramente para a seleção e treinamento de operários, possibilitou uma melhor compreensão da movimentação humana geral.
A partir deste estudo, Laban chegou à formulação de uma minuciosa análise dos elementos de movimentos e suas combinações. Atribuiu o nome de Coreutica ao estudo da organização espacial dos movimentos, e de Eukinética ao estudo dos aspectos qualitativos do movimento (como seu ritmo e dinâmica).
Laban utiliza as figuras geométricas para dar suporte à movimentação do ator-dançarino. Ele propõe a escala dimensional, respeitando a relação entre altura, largura e comprimento das figuras geométricas como o cubo, o tetraedro, o octaedro, o icosaedro e o dodecaedro; tais representações geométricas viabilizavam movimentos pl (vertical), (horizontal), (sagital)e nos níveis alto, médio e baixo. Dessa forma, ações dramáticas podem ser realizadas nas posições das vértices dessas figuras, bem como em suas diagonais, de forma que o ator atua ampliando a sua kinesfera, buscando uma limpeza gestual e organicidade, assim, ele também amplia seu espaço cênico.
As concepções expressas por Laban sobre o movimento humano causaram grande impacto e passaram a influenciar os trabalhos desenvolvidos em áreas tão diversas como Educação, Psicologia, Fonoaudiologia, Teatro, Dança, Música, Artes e Educação Física.
Juntamente com sua colaboradora, Lisa Ullmann, passou a aplicar estes conceitos na dança educativa. Na Inglaterra, a Dança passou a fazer parte do currículo das escolas a partir da década de 40 e, nos Estados Unidos, das escolas elementares às universidades, o Sistema Laban se constitui como o saber mais difundido.
Até hoje seus ensinamentos continuam sendo transmitidos no mundo inteiro através de Centros e Universidades. As instituições Laban de maior importância são o LABAN, em Londres.
A importância dos trabalhos de Laban nas áreas de arte, comunicação, psicologia, educação, arquitetura já receberam reconhecimento universal. Centros universitários, de arte, de educação e companhias de dança na Inglaterra, Estados Unidos, França, Canadá, entre outros, trabalham com os referenciais de Laban há pelo menos meio século.
A abordagem da dança sob uma perspectiva labaniana permite ao artista e ao leigo compreender, desconstruir e transformar a arte da dança em seus aspectos coreográficos, técnicos e de fruição.
Tendo desenvolvido seus trabalhos sobre movimento na primeira metade do século XX, é mister que hoje sua visão e idéias sejam rediscutidas e relidas sob uma perspectiva contemporânea. Desse modo, o trabalho de Laban não se perdeu no passado e continua a contribuir para a dança presente e futura.
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No Brasil Laban é mais conhecido como teórico do movimento e educador. Mais recentemente, seu trabalho vem recebendo um olhar mais aprofundado sob a perspectiva da arte, da criação estética, da linguagem da dança e da comunicação não-verbal.
A bailarina, coreógrafa e educadora Maria Duschenes foi uma das introdutoras deste método no Brasil, tendo formado gerações de alunos que utilizam a referência de Laban em seus trabalhos de criação e em suas atividades de arte-educação. Em seu trabalho destacam-se as propostas de ensino público de dança e a realização de diversas danças corais, inclusive uma apresentada no Parque do Ibirapuera na Bienal de São Paulo.
A coreógrafa Regina Miranda, primeira Brasileira formada pelo Laban/Bartenieff Institute de NYC (1975) introduziu o Sistema Laban/Bartenieff no Brasil e, desde então, tem se dedicado à difusão de suas teorias através de palestras e workshops e inumeras criações artisticas. Toda uma geração estelar de coreógrafos cariocas, como Paula Nestorov, Paulo Caldas, João Saldanha, Frederico Paredes, Esther Weissman, Lia Rodrigues, Marcia Rubin e Carlinhos de Jesus, estudou e/ou trabalhou com Miranda, que hoje divide residência entre o Rio de Janeiro, onde dirigiu o Centro Coreográfico, e Nova Iorque, onde é a Diretora Geral do Laban/Bartenieff Institutuicao
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