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lemosmonique19 avatar
lemosmonique19
06.04.2021
Português
Ensino superior
respondido
Leia o texto a seguir e faça o que se pede:
Da arte brasileira de ler o que não está escrito
Cláudio de Moura e Castro
(Veja, 08/10/1997)
NI
VA
Ninguém é obrigado a aceitar essa afirmativa. Mas a
lógica impõe quais são as possibilidades
de discordar. Para destruir os argumentos, ou se mostra
que é viável gastar 40% do PIB com
saúde ou é necessário demonstrar que as contas que fiz
com André Medici estão erradas.
Números equivocados, erros de conta, hipóteses
falsas, há muitas fontes possíveis de erro.
Mas a lógica do ensaio faz com que só se possa rebatê-lo
nos seus próprios termos, isto é, nas
contas.
Curiosamente, grande parte das cartas recebidas
passou por cima desse imperativo lógico. Fui
xingado de malvado e desalmado por uns. Outros
fuzilaram o que inferem ser minha ideologia. Os que
gostaram crucificaram as autoridades por negar aos
necessitados acesso à saúde (igualmente equivocados,
pois o ensaio critica as regras e não as inevitáveis
consequências de sua aplicação).
Meus comentaristas escrevem corretamente, não pecam
contra a ortografia, as crases comparecem assiduamente
e a sintaxe não é imolada. Contudo, alguns não sabem ler.
Sua imaginação criativa não se detém sobre a aborrecida
lógica do texto. É a vitória da semiótica sobre a semântica.
1- Realize uma leitura global do texto, identifique as
informações apontadas abaixo e organizeas, usando
apenas expressões ou tópicos.
O assunto
. A questão central
• A organização textual
o ponto de vista do autor do texto em relação ao assunto
tratado
• As informações essenciais para caracterizar a questão
central do texto de CMC.
Terminando os poucos anos de escola oferecidos em
seu vilarejo nas montanhas do Líbano, o jovem Wadi
Haddad foi mandado para Beirute para continuar sua
educação. Ao ve-lo ausente de casa por um par de anos, a
vizinha aproximou-se cautelosa de sua mãe, jurou sua
amizade à família e perguntou se havia algum problema
com o rapaz. Se todos os seus coleguinhas aprenderam a
ler, por que ele continuava na escola? Anos depois, Wadi
organizou a famosa Conferência de Jontiem, "Educação
para Todos", mas isso é outro assunto. Para a vizinha
libanesa, há os que sabem ler e há os que não sabem.
Não lhe ocorre que há níveis diferentes de compreensão.
Mas infelizmente temos todos o vicio de subestimar as
dificuldades na arte
de ler, ou, melhor dito, na arte de entender o que foi lido.
Saiu da escola, sabe ler.
O ensaio de hoje é sobre cartas que recebi dos leitores
de VEJA, algumas generosas, outras iradas. Não tento
rebater críticas, pois minhas farpas atingem também
cartas elogiosas. Falo da arte da leitura. É preocupante ver
a liberdade com que alguns leitores interpretam os textos.
Muitos se rebelam com o que eu não disse (jamais defendi
o sistema de saúde americano). Outros comentam
opiniões que não expressei e nem tenho (não sou contra a
universidade pública ou a pesquisa). Há os que adivinham
as entrelinhas, ignorando as linhas.
Indignam-se com o que acham que eu quis dizer, e não
com o que eu disse. Alguns decretam que o autor é um
horrendo neoliberal e decidem que ele pensa assim ou
assado sobre o assunto, mesmo que o texto diga o
contrário.
Não generalizo sobre as epistolas recebidas algumas
de lógica modelar. Tampouco é errado ou condenável
passar a ilações sobre o autor ou sobre as consequências
do que está dizendo
Mas nada disso pode passar por cima do que está
escrito e da sua lógica. Meus ensaios têm colimado
assuntos candentes e controvertidos. Sem uma correta
participação da opinião pública educada, dificilmente nos
encaminharemos para uma solução. Mas a discussão só
avança se a lógica não for afogada pela indignação.
Vale a pena ilustrar esse tipo de leitura com os
comentários a um ensaio sobre nosso sistema
de saúde (abril de 1997). A essência do ensaio era a
inviabilidade econômica e fiscal do sistema preconizado
pela Constituição. Lantejoulas e meandros à parte, o
ensaio afirmava que a operação de um sistema de saúde
gratuito, integral e universal consumiria uma fração do PIB
que, de tão alta (até 40%), seria de implantação
inverossimil.
.
2- Realize mais uma leitura global do texto e selecione as
seguintes informações:
Um comentário do autor
Uma explicação
. Uma justificativa de uma afirmação feita
• Um exemplo
Uma informação complementar
3- Redija um resumo do texto de Cláudio Moura e Castro,
mudando - se quiser - a ordem das
informações, retirando recursos estilísticos, exemplos mais
longos, "desabafos", etc. Use o
recurso da parafrase, não copiando passagens do texto
original. Inclua os referentes do textobase (titulo do texto,
autor, local e data de publicação) no texto do resumo
Me ajudem por favor
Soluções para a tarefa
Respondido por
3
Resposta:
A política do café-com-leite foi um acordo firmado entre as oligarquias estaduais e o governo federal durante a República Velha para que os presidentes da República fossem escolhidos entre os políticos de São Paulo e Minas Gerais. Portanto, ora o presidente seria paulista
fatimacardosojoaquim:
Obrigado, mais não é isso que você respondeu
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